domingo, 19 de julho de 2009

Materia exibida pela Revista Veja

As mesmas contingências da vida contemporânea que levam as pessoas a buscar uma proximidade maior com os animais também agravam os problemas da convivência. "A rotina maluca faz com que muitos donos não consigam lhes devotar o devido tempo e atenção", diz o especialista em comportamento animal César Ades. Em casos extremos, os cães se tornam agressivos ou depressivos. Os mais angustiados pela ausência do dono partem até para a automutilação. A preocupação exacerbada com a saúde é outro desdobramento da humanização dos bichos, que contam hoje com recursos médicos avançados, como exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada. Plásticas com fins unicamente estéticos são proibidas pelos conselhos de veterinária, mas algumas clínicas oferecem intervenções para melhorar a aparência de um bicho afetado por um acidente ou derrame. "O tratamento de uma doença crônica custa por volta de 8 000 reais", informa Mário Marcondes, diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira, o maior de São Paulo.
O domador Cesar Millan acusa a perda da "simplicidade instintiva" que regia a relação entre homem e cão nos primórdios da domesticação. Os especialistas têm por certo que os lobos dos quais os cachorros atuais descendem rodeavam os acampamentos humanos atraídos pelos restos de alimentos - mas daí à sua domesticação há um salto que ainda não se explicou satisfatoriamente. "Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso talvez explique por que a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros primatas, o que à primeira vista talvez parecesse mais lógico", diz Barbara Smuts, da Universidade Harvard. Os gatos também se adaptaram à vida na companhia das pessoas, mas nunca abriram mão da independência e do instinto de caçadores.

'O CÃO É O ESPELHO DO DONO

Das pinturas rupestres aos ratos e cachorros antropomórficos de Walt Disney, os animais são vistos com um misto de estranhamento e familiaridade. Nas fábulas mais tradicionais, são espelhos das qualidades e defeitos morais do homem. Mas a literatura também já os representou como forças indomáveis e irredutíveis da natureza (veja quadro). No século XIX, a teoria da evolução de Darwin desbancou o homem do ápice da criação para reposicioná-lo como apenas mais um dos animais moldados pela seleção natural. Essa revisão tem implicações éticas radicais. O filósofo australiano Peter Singer defende a igualdade plena de direitos entre homens e animais. Para ele, o "especismo" - a ideia de que os humanos são superiores aos demais seres - é uma forma de discriminação tão insustentável quanto o racismo. De certo modo, gatos e cachorros já galgaram um lugar privilegiado nas considerações morais das pessoas. A morte de um bicho querido começa a ser cercada de cerimônia: o Pet Memorial, cemitério de animais na Grande São Paulo, realiza em média trinta velórios e 200 cremações por mês, com custos que vão de 700 a 2 000 reais. Para muitos, a perda de um animal leva a uma situação de luto tão difícil de superar quanto a morte de um parente ou amigo.
O Brasil tem 32 milhões de cães e 16 milhões de gatos, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação, a Anfal Pet. Acredita-se que seja a segunda maior população desses bichos no planeta, inferior apenas à existente nos Estados Unidos. Em 2008, esses animais devoraram 1,8 milhão de toneladas de ração: 1,6 milhão de comida para cães e 200 000 toneladas de ração felina. Ainda segundo a Anfal Pet, existem cerca de 40 000 pet shops espalhadas pelo país. Em proporção à população de cães e gatos, esse número é um assombro. Significa que há um desses estabelecimentos para cada 1 200 bichos - contra uma farmácia para cada 2 600 pessoas no Brasil. Os donos mais afetivos são cada vez mais numerosos, no Brasil e no mundo. Em Nova York ou Paris, é comum ver senhoras empurrando seus cães em carrinhos, como bebês. Nos Estados Unidos, ainda, acaba de entrar em atividade a Pet Airways, companhia de viagens aéreas para bichos. No Brasil, o mercado de produtos e serviços para animais de estimação movimenta 9 bilhões de reais por ano.
A Radar Pet - uma pesquisa recém-concluída com 1 307 pessoas de oito metrópoles, idealizada por uma entidade do setor, a Comissão Animais de Companhia (Comac) - fornece uma visão da intimidade dos brasileiros com seus cães e gatos. Eles estão presentes em 44% dos lares das classes A, B e C - e em lugares como Porto Alegre, Curitiba e Campinas já figuram em mais de metade das casas. O novo status que cães e gatos estão assumindo nos lares tem pelo menos duas razões sociais distintas. A primeira diz respeito ao encolhimento das famílias. Hoje são raros os casais que optam por ter mais de um ou dois filhos - o terceiro, que costuma desembarcar em casa quando esses já estão mais crescidos, é quase sempre um cão ou gato. Como demonstra o Radar Pet, as famílias em que os filhos adolescentes ou adultos ainda moram com os pais são aquelas em que a presença dos bichos é mais forte. O segundo fator é o crescimento do contingente de pessoas que vivem sozinhas nas grandes cidades e buscam um companheiro animal. Cães e gatos têm chances menores de obter abrigo nos lares formados por casais com filhos pequenos. "Nessa fase, as crianças monopolizam as atenções. Não sobra tempo para os animais", diz o executivo Luiz Luccas, presidente da Comac.

Mais noticias sobre nossos cães "considerados" "filhos

Iniciada entre 25 000 e 50 000 anos atrás, a relação entre homens e bichos domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários. Cães vigiavam aldeias, ajudavam a caçar e pastorear. Gatos eram bem-vindos por exterminar ratos e outras pragas. Provavelmente a afeição, desde cedo, teve um papel nesse relacionamento. O primeiro indício concreto de um elo de emoção entre um humano e um animal data de 12 000 anos: são restos fossilizados de uma mulher abraçada a um filhote de cão, encontrados no Oriente Médio. O certo é que o afeto remodelou, ao longo dos séculos, os laços que nos ligam a cães e gatos. E continua a remodelá-los. É o que revelam pesquisas de comportamento ao mostrar que, mais até do que amigos, os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem. Na Europa e nos Estados Unidos, o porcentual de donos que consideram seus bichos como familiares já chega a 30% (veja o teste). No Brasil, de acordo com pesquisas da multinacional francesa Evialis, uma das maiores fabricantes de alimentos para animais de estimação no mundo, esse índice é de 10% - mas aponta para cima.


Como todas as relações ancoradas na emoção, essa não é imune a crises. Os donos muitas vezes não sabem impor os devidos limites ao comportamento de seus companheiros de quatro patas - e o drama ganha cores semelhantes ao dos pais que enfrentam adolescentes revoltosos. Em meio à crescente indústria de produtos e serviços para bichos, emergiu até mesmo uma nova categoria profissional - a dos psicólogos de animais, adestradores especializados em lidar com cães e gatos neuróticos. Não, a neurose não é uma exclusividade humana. "Pessoas que aboliram a simplicidade de sua vida procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la", diz o mais famoso desses adestradores, o mexicano Cesar Millan. "Elas precisam, no entanto, se educar para isso."

Revista Veja diz "ELES VENCERAM"

NOSSA FAMÍLIA ANIMAL

A relação milenar entre homens e bichos de estimação entrou numa nova fase.
Mais do que amigos, eles agora são como filhos. E a convivência pode ser tão
complicada quanto a dos pais com um adolescente temperamental

sábado, 18 de julho de 2009

DICAS PARA VOCE ESCOLHER SEU FILHOTE

Como escolher o filhote

Quando realmente decidimos comprar um filhote de cão de guarda como o Rottweiler, é necessário que tenhamos alguns cuidados antes de efectuar a compra, principalmente, porque o mesmo passará a conviver entre nós, adultos e crianças, tornando-se assim o mais novo membro da família.

Primeiramente devemos procurar saber sobre a sua origem, ou seja, o canil onde foi gerado. Procure ver o estado de saúde e físico dos pais do filhote, observe as instalações, os depósitos de comida e de água. Se o chão está limpo, sem fezes nem urina. As fezes contribuem para o aparecimento de moscas e a urina (por ser ácida) poderá trazer problemas de pele para os animais, além de propiciar o aparecimento de doenças que poderão ser fatais para a ninhada.

NÃO retire o filhote antes de completar 45 a 60 DIAS. Esse período é necessário para que seja completado o ciclo de amamentação, o qual é de extrema importância para a saúde e desenvolvimento do cão.

Veja também:

O pêlo deve ser brilhante;
Os olhos devem ser brilhantes e sem nenhum tipo de secreção;
O nariz húmido e sem secreção.
Faça alguns pequenos testes para verificar o perfil de seu provável cão de guarda:

1. Observe se o cão se alimenta adequadamente, demonstrando voracidade ao comer.

2. Quando estiver distraído bata com as palmas das mãos (ou estale os dedos), emitindo algum som e observe se o cão demonstra está assustado. O ideal é que ele apenas perceba o som, levantando a base das orelhas e continue agindo normalmente olhando para a fonte de ruído.

Se a ninhada por algum motivo não retirou o pedigree (árvore genealógica) por algum motivo, peça o pedigree dos pais, se os pais também não tiverem pedigree, veja você mesmo se os filhotes estão dentro dos padrões estabelecidos na página "Padrão", eu gostaria de lembrar que cães sem pedigree não significa que não são puros, mas nada comprova que são Rottweiler's. Porém os cães com pedigree são mais valorizados no mercado e por criadores, se você pretende colocar o seu cão em uma exposição, exija um cão com o pedigree.



"Nem sempre o maior filhote é o melhor".

O Rottweiler quando filhote é um cão robusto, de porte médio para grande, sem ser leve ou grosseiro, pernalta ou esgalgado. Nas proporções corretas, sua estrutura combina agilidade e resistência. O comprimento do corpo, medido da ponta do esterno à protuberância do ísquio, não deve exceder em 15% à altura na cernelha.

Você acabou de ler algumas dicas para escolher um óptimo cão, mas se você não tiver certos cuidados com o mesmo, não adianta, ele vai se tornar um cão frágil, medroso, etc. Se você deseja realmente ter um cão super saudável, visite a página de dicas, clicando no botão "DICAS" do menu Rottweiler's. Lá você encontrará dicas de: vacinação, alimentação, cio da cadela, escovação, banho, vermifugação e outros.



Cuidados com filhotes

PRIMEIROS DIAS


Quanto mais colostro melhor
As defesas do filhote dependem somente dos anticorpos herdados da mãe, que duram por 6 a 16 semanas. Cerca de 90% deles vêm pelo colostro, o "leite" mais claro dos cinco primeiros dias, sendo as primeiras 24hs as mais importantes. A proteção é maior no filhote que mama mais (ninhadas com 5 ou menos filhotes são favorecidas) e cuja mãe foi vacinada antes de cruzar (ela adquire mais anticorpos).



ANTES DA VACINAÇÃO
Resguardar o filhote
Evite os riscos de contágio até 15 dias após o filhote tomar a última vacina. Nada de passeios nem banhos, a não ser se recomendados pelo veterinário. As pessoas que forem a locais que têm outros cães devem desinfetar os sapatos, as mãos e o chão com uma parte de "água sanitária" para uma de água. E se você tocou num cão estranho, troque de roupa antes de segurar o filhote.

ALIMENTAÇÃO
Dar bem equilibrada e fresca
Boa nutrição fortalece o organismo. Rações equilibradas de boa qualidade são adequadas. Se a comida for caseira, peça orientação ao veterinário. Comida deteriorada pode infeccionar o sistema digestivo e ativar as defesas, deixando-as menos disponíveis para repelir outras doenças. É melhor dar comida nas horas mais frescas e retirá-la meia hora depois.

PARASITAS
Eliminar logo que aparecem
Acabe com eles assim que os descobrir. Pulgas, carrapatos, e bernes provocam irritação na pele (alergia), inflamando-a e requisitando o sistema imunológico. Vermes no intestino "roubam" parte da alimentação ingerida pelo cão, tornando-o mal nutrido e com menor capacidade de produzir anticorpos.

FRIO
Proporcionar temperatura adequada
Sentir frio agride o organismo e causa estresse, debilitando as defesas por diminuir a resistência. É preciso abrigar bem os cães que ficam fora de casa. Considere que está frio para cães de pêlo médio e longo se a temperatura for inferior a 15oC e para os de pelo curto e pelados, se for abaixo de 20oC .

CALOR
Atenção aos efeitos dele
O excesso de calor causa stress, reduzindo as defesas. Sirva água fresca à vontade nos dias mais quentes e evite excesso de exposição ao sol e exercícios prolongados. Com o calor, a comida caseira pode deteriorar mais depressa (ver alimentação); pulgas e outros parasitas se multiplicam (ver parasitas).

CORRENTES DE AR
Bloquear este transporte de vírus e bactérias
Microrganismos causadores de doenças respiratórias, como resfriado e pneumonia, vêm pelo ar. Evite esta sobrecarga às defesas do cão.

CHOQUE TÉRMICO
Evitar "contrastes" de temperatura
Corpo quente que pega ar frio ou vice-versa sofre estresse, perdendo resistência e abre, assim, porta para doenças.

UMIDADE
Secar o habitat dos vírus e bactérias
A umidade ambiental favorece o proliferação de vírus e bactérias, podendo causar doenças do sistema respiratório. O ambiente deve ser ensolarado. Além disso, no corpo, a umidade na pele abaixa a temperatura do cão e o deixa mais sujeito a infecções em geral (ver frio), entre elas as dermatites, que ativam a resposta imunológica deixando-a menos disponível para combater outras doenças.

HIGIENE
Limpar é afastar ameaças
Em ambiente limpo, fica bem mais fácil o controlo de insectos, parasitas e até mesmo vírus e bactérias, todos potencialmente ameaçadores ao sistema imunológico.




DOENÇAS
Cortar o mal no princípio
Quando aparecem os primeiros sinais de doença, o sistema imunológico já está mais vulnerável. Trate logo o cão.

STRESS
Evitar desgastes desnecessários
O estresse agride o organismo enfraquecendo-o, o que é péssimo para o sistema imunológico.

RESGUARDO
Dizer não a contatos na rua
Não deixe seu cão sair sozinho, pois poderá ter contato com cães e animais portadores de enfermidades..

OBESIDADE
Manter a linha
Problemas da obesidade estressam o cão e consequentemente, a imunidade dele diminui.

DOENÇAS MAIS COMUNS NA RAÇA

DOENÇAS QUE OCORREM COM MAIS FREQÜÊNCIA EM ROTTWEILERS

Controle de Carrapatos

A infestação de carrapatos no cão, além de causar um incômodo muito grande ao animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose.
A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessário uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas. Às vezes, um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são o bastante para que o cão contraia uma dessas doenças.
Assim, o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou da Erlichia. Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo.
Babesiose
A Babesiose é uma doença causada por um protozoário não transmissível ao homem. A transmissão da doença ao cão se dá pela picada de um carrapato infectado (Rhipicephalus sanguineus).
Foto do carrapato:

O carrapato pica um cão doente, se infecta e vai picar um cão sadio, transmitindo assim a doença. O parasita (babesia) infecta os glóbulos vermelhos do sangue, local onde se multiplica. Há rompimento desses glóbulos (momento em que ocorre febre), e os parasitas vão se alojar em novas células e assim por diante.
A destruição de um grande número de células vermelhas irá causar a anemia. Assim, um cão doente apresentará como sinais clínicos: perda de apetite, desânimo, letargia, icterícia (amarelão) ou palidez nas mucosas (gengivas e conjuntiva), típicos de um cão anêmico.
O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos, histórico de infestação por carrapatos e um exame de sangue, que detectará o parasita (pesquisa de hematozoários).
O tratamento é eficaz e a mortalidade é baixa quando o cão é tratado a tempo. Em alguns casos é necessária a transfusão sanguínea, quando o quadro de anemia é bastante grave. O cão fica curado, mas nada impede dele ter a doença outras vezes, se for picado por um carrapato contaminado. O controle do carrapato é importantíssimo para se evitar a doença.
Erlichiose
O que é a Erliquiose canina?
A Erliquiose é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Sua incidência vem aumentando significativamente nos últimos anos, em todas as regiões do Brasil.

Como o cão é contaminado?
A transmissão entre animais se faz pela inoculação de sangue proveniente de um cão contaminado para um cão sadio, por intermédio do carrapato. O parasita irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesa do organismo.

Qual é o vetor da doença?
O principal vetor da enfermidade é o carrapato marrom do cão (Rhipicephalus sanguineus). No entanto, a infecção também poderá ocorrer no momento de transfusões sangüíneas, através de agulhas ou instrumentais contaminados. O mesmo carrapato pode transmitir a babesiose, que em algumas situações pode ocorrer juntamente com a Erliquiose.

Quais são os sinais clínicos da Erliquiose?
Os sinais clínicos podem ser divididos em três fases: aguda (início da infecção), subclínica (geralmente assintomática) e crônica (nas infecções persistentes). Nas áreas endêmicas, observa-se freqüentemente a fase aguda da doença caracterizada por: febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Este estágio pode perdurar por até 4 semanas e, ocasionalmente pode não ser percebido pelo proprietário. A fase subclínica é geralmente assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas. Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença. Nesta fase, a doença assume as características de uma doença auto imune, com o comprometimento do sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia.
Como a Erliquiose é diagnosticada?
O diagnóstico é difícil no início da infecção pois os sintomas são semelhantes a várias outras doenças. A presença do carrapato e a ocorrência de outros casos da doença na região, podem ser importantes para se confirmar a suspeita clínica. O diagnóstico pode ser feito através da visualização da bactéria em um esfregaço de sangue (exame que pode ser realizado na clínica veterinária) ou através de testes sorológicos mais sofisticados, realizados em laboratórios especializados.

Como tratar?
O objetivo do tratamento é curar os animais doentes e prevenir a manutenção e a transmissão da doença pelos portadores assintomáticos (fase sub-clínica e crônica). O antibiótico conhecido como "DOXICICLINA" é considerado o principal medicamento no tratamento da Erliquiose em todas as suas fases.

Qual a duração do tratamento?
Os critérios para o tratamento variam de acordo com a precocidade do diagnóstico, da severidade dos sintomas clínicos e da fase da doença que o paciente se encontra quando do início do tratamento. O tratamento na fase aguda pode durar até 21 dias e na fase crônica até 8 semanas.

Qual o prognóstico da doença?
O prognóstico depende da fase em que a doença for diagnosticada e do início da terapia. Quanto mais cedo se diagnostica e se inicia o tratamento, melhores são as chances de cura. Em cães nas fases iniciais da doença, observa-se melhora do quadro clínico após 24 a 48 horas do início do tratamento.

Como prevenir a doença?
A prevenção da doença é muito importante nos canis e nos locais de grande concentração de animais. Devido a inexistência de vacina contra esta enfermidade, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: o carrapato. Para tanto, produtos carrapaticidas ambientais e de uso tópico são bastante eficazes.
Esta doença pode ser transmitida para o homem? Sim. Apesar de até hoje não existirem evidências de que a E. canis possa ser transmitida para o homem, existem outras espécies de Ehrlichia que podem ser transmitidas, pelo carrapato, para os cães e para o homem. Os casos de Erliquiose humana vêm aumentando muito em países como os Estados Unidos. No Brasil, esta doença ainda é pouco diagnosticada em humanos.

Viroses
As doenças apresentadas nesta seção são causadas por vírus. São as principais causadoras de morte nos filhotes, mas atingem também cães adultos. Estes vírus NÃO atingem o ser humano.
Os animais se contaminam através de urina, fezes e secreções de cães doentes. Pelo fato de muitos desses vírus sobreviverem por até 1 ano em condições ambientais, o local onde um cão doente esteve abrigado deve ser evitado por filhotes e cães não vacinados durante esse período de tempo.
Alguns vírus continuam a ser eliminados pela urina dos animais que conseguiram sobreviver à doença, por vários meses. Esses são dados bastante importantes. Assim, deixar de vacinar um cão e levá-lo para as ruas é um risco muito grande. Da mesma forma, os filhotes podem ter contato com o meio exterior e com outros cães somente após terminada a fase de vacinação.
Dentre as doenças, as mais temidas são a cinomose e a parvovirose, por serem bastante violentas e altamente contagiosas, causando a perda de muitos animais. A vacinação é o único meio de evitar essas doenças:
Cinomose

É uma doença que atinge os cães, não transmissível ao homem, altamente contagiosa, causada por um vírus bastante resistente ao meio ambiente. Animais de todas as idades podem ser acometidos.
O período de incubação da doença pode chegar até 10 dias. O animal apresenta febre, apatia, perda de apetite, vômitos, secreção nasal e ocular e sinais neurológicos, dentre outros. Na verdade, a doença pode apresentar-se de várias formas, inclusive apenas com sinais neurológicos, o que significa um estágio mais avançado.
O vírus da cinomose atinge vários órgãos: rins, pulmões e, principalmente, o sistema nervoso, daí os sinais do tipo "tiques", andar cambaleante, ataques, etc. Uma vez diagnosticada a doença através dos sintomas, histórico e exames laboratoriais, o animal recebe tratamento de suporte, ou seja, dá-se condições para o organismo reagir.
O curso da doença é variável. O animal pode passar por todos os estágios, ou rapidamente apresentar os sintomas neurológicos, que são irreversíveis, mesmo que ele atinja a cura. A morte ocorre na grande maioria dos casos.
Devemos usar de todos os recursos disponíveis na tentativa de salvar o animal. Porém, a resistência individual é o fator mais importante. Se o animal atingir a cura, ele ficará apenas temporariamente imunizado, e deverá continuar sendo vacinado anualmente.
Parvovirose
A parvovirose é uma doença muito comum e causadora de 80% de morte nos filhotes contaminados. Não é transmitida ao homem. Ela pode atingir cães em todas as idades, daí o cuidado em se manter o cão vacinado anualmente.
Os sinais são febre, apatia, perda de apetite, vômitos e diarréia profusa. O animal solta as fezes na forma de jatos, de odor muito fétido e com muito sangue. O cão desidrata rapidamente e deve receber cuidados imediatos. Muitos necessitam de internação, pois a doença aparece de forma abrupta e violenta.
O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para que eles consigam reagir. O período de incubação pode chegar a 12 dias, e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado temporariamente.
A parvovirose não deixa sequelas, e o animal curado ganha peso e volta a se desenvolver rapidamente. Porém, apesar de contarmos com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é uma doença que ainda mata muitos filhotes.
O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser confundidas com a parvovirose, se muito intensas.
Coronavirose
É um vírus muito similar ao vírus da parvovirose, causando sintomas semelhantes. É muito difícil diferenciar as duas doenças apenas pelos sintomas. São necessários exames laboratoriais, embora nem sempre essa diferenciação seja necessária, pois o tratamento das duas doenças é semelhante.
A coronavirose pode ser considerada mais branda que a parvo, porém, pode levar à morte muitos animais. Os sinais clínicos são: febre, inapetência, apatia, vômitos e diarréia na forma de jatos. Os animais recebem tratamento sintomático, e as chances de sobrevivência são maiores.
Hepatite Viral Canina

É uma doença causada por um vírus que NÃO atinge o homem. Sua ocorrência é bem menos frequente que a cinomose e a parvovirose, e a mortalidade também não é tão alta. O período de incubação é de 2 a 5 dias. O vírus atinge o fígado e outros órgãos, especialmente os rins.
O animal pode apresentar desde sintomas leves até um quadro bastante severo. Os sinais clínicos incluem febre, apatia, inapetência, vômitos amarelo-esverdeados, diarréia e, em uma pequena porcentagem de cães, uma alteração ocular denominada "olho azul" (edema da córnea), reversível na maioria dos casos.
O tratamento é sintomático, e visa dar condições de reação ao organismo.
Giardíase canina
Uma doença que pode infectar seu cão e você também!
A Giardíase é uma infecção causada por protozoários que acometem, principalmente, a porção superior do intestino delgado. É considerada uma zoonose, ou seja doença transmitida ao homem pelos animais.
A transmissão da doença entre animais ocorre através da rota fecal-oral. Uma vez instalado no ambiente, o cisto (forma infectante do parasita) é bastante resistente e pode sobreviver por longos períodos, principalmente em ambientes frios e úmidos. O hospedeiro se infecta ingerindo os cistos, que se rompem no intestino após a exposição ao ácido gástrico e às enzimas pancreáticas.
Em humanos, a contaminação ocorre através da ingestão de cistos dos parasitas presentes na água e nos alimentos contaminados, ou pelo contato com as fezes de animais ou humanos infectados. Os grupos mais acometidos são crianças, geralmente menores de cinco anos e indivíduos imunossuprimidos.
Os sintomas mais comuns da doença nos animais são fezes moles, odor fétido e algumas vezes diarréia acompanhada de dor abdominal, que pode ser intermitente e aguda e muitas vezes associada à desidratação. Outros sinais incluem vômito, cansaço, falta de apetite, perda de peso e anemia. O ser humano pode apresentar a mesma sintomatologia canina, ou seja: diarréias freqüentes, vômitos, desidratação, fraqueza, dores abdominais, podendo evoluir para problemas mais graves quando não tratados.
O controle e a prevenção da doença devem ser baseados nas seguintes ações:
Educação sanitária e adoção de hábitos de higiene: qualidade da água, lavar as mãos e alimentos antes das refeições.
Tratamento de indivíduos infectados, com sintomas ou não.
Vacinação dos cães
Pseudogestação
As alterações hormonais que ocorrem logo após o cio podem fazer com que cadelas e gatas tenham comportamento e sinais clínicos de prenhez, sem sequer terem acasalado. Elas se aninham, choram, as tetas aumentam de tamanho e adotam desde objetos como chinelos até filhotes de outras espécies, como se fossem suas crias.
A pseudociese pode trazer problemas para a cadela quando a produção de leite for muito grande, ocasionando inflamação nas tetas, o que chamamos de mastite (ou mamite). Muitas podem uivar e chorar, parar de comer, cavar o chão e ter comportamentos que o dono não consegue compreender.
A pseudogestação ocorre em torno de 30 dias após o cio. Tem duração de 1 mês e deve ser tratada quando causar problemas comportamentais mais sérios ou produção excessiva de leite.
Sabe-se que cadê lãs que tem peseudociese são candidatas a tumores mamários, normalmente benignos, a partir de 7 anos de idade.
A castração resolve o problema de gestações psicológicas repetidas e é um método indicado para evitar outras doenças na fêmea.
Raiva
A raiva é uma doença contagiosa, causada por um vírus, que pode afetar os animais e o homem.
A transmissão da doença se dá através do contato com a saliva de um animal doente, principalmente pela mordedura. É preciso compreender que nem toda mordida de cão ou gato transmite a raiva. É necessário que o animal seja portador do vírus para que haja a transmissão da doença.
Na natureza, o morcego hematófago - que se alimenta de sangue - é um dos mais importantes transmissores da raiva para outras espécies animais e para o homem.
Os principais sinais clínicos da raiva são: mudança de hábitos e/ou comportamento (o animal passa a se esconder ou agir de maneira diferente do usual), agressividade, salivação (o animal baba muito) e paralisia. Mas nem todo animal que saliva (baba) está com raiva. No caso dessa doença, ocorre paralisia dos músculos faciais, o que impede a deglutição da saliva, daí a impressão do animal estar babando. Animais intoxicados por alguns tipos de venenos (inseticidas, etc..) também podem salivar abundantemente, mas sem qualquer relação com a raiva.
A raiva é uma doença incurável, portanto, deve haver um controle rigoroso da vacinação dos animais domésticos e do campo. A vacina é a única maneira de controlar a doença.
Se uma pessoa é mordida ou arranhada por um cão ou gato que não esteja vacinado, ou de origem desconhecida (cão ou gato vadio), esse animal deve ser capturado e permanecer em observação por 10 dias. Caso ele não apresente sinais clínicos da doença durante o período de observação, não será necessário nenhum procedimento ou tratamento para a vítima. Porém, se o animal morrer (mesmo sem ter apresentado nenhum sinal da doença), desaparecer ou não puder ser capturado para cumprir o período de observação, a pessoa deve se dirigir imediatamente a um posto de saúde para receber o tratamento com o soro contra a raiva.
Esse tratamento não está disponível para animais, assim, se o seu cão não estiver vacinado e for mordido por um animal portador do vírus da raiva, ele certamente adoecerá e morrerá num prazo de 10 dias.
As campanhas de vacinação são importantíssimas no controle da raiva. Mas se o cão ou gato recebe a vacina anti-rábica anualmente, em clínicas veterinárias, não é necessário revaciná-lo nas campanhas, desde que a vacina esteja em dia. Um outro ponto importante é que todos os anos, além da vacinação contra a raiva, os donos de cães e gatos não podem esquecer de vacinar seus animais também com a vacina múltipla (V8 ou V10), disponível apenas em clínicas veterinárias.
Curiosidade: "No passado, convencionou-se chamar agosto como "o mês do cachorro louco", porque nessa época, ou seja, época de mudança de estação primavera/verão, ocorriam os cios das cadelas, havendo assim maior aglomeração e prosmicuidade dos animais, e consequentes motivos para agressões entre os cães e transmissão da raiva." Mas a raiva pode ocorrer em qualquer época do ano, assim, seu animal deve estar sempre com a vacinação em dia.
Tosse dos canis
O cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano, com tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza. Damos o nome a esse quadro de traqueobronquite ou "tosse dos canis". Essa doença pode aparecer em qualquer época do ano, porém há uma maior predisposição nos meses frios, pela baixa temperatura.
A doença pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, e é altamente contagiosa entre os cães através do contato direto entre os animais. Os agentes mais comuns que podem causar a traqueobronquite são:
vírus: parainfluenza e adenovirus tipo 2 (não transmissíveis ao homem)
bactérias: Bordetella bronchiseptica (transmissível ao homem, mas na maioria dos casos em pessoas com o sistema imunológico deprimido)
Os animais sadios, após o contato com cães doentes, podem desenvolver os sintomas num período de 3 a 10 dias. As infecções causadas por vírus normalmente são mais brandas, e não requerem tratamento específico. Porém, quando mais de um agente está envolvido, principalmente a Bordetella, o quadro se torna mais grave, e é necessário tratar o animal para que não se desenvolva uma pneumonia.
A prevenção da doença se faz através da vacinação. Além da vacina anti-rábica e da vacina múltipla (contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza), todo cão pode receber uma dose da vacina contra a tosse dos canis a partir de dois meses de vida, com reforço anual. A vacina é intra-nasal (o líquido é instilado dentro das narinas do cão), ou injetável. A vacinação protegerá o animal contra a parainfluenza, o adenovirus tipo 2 e a Bordetella.
Outros fatores podem causar tosse nos cães, como friagem, odores fortes (produtos de limpeza, solventes, tintas...) e alergias a ácaros ou pólen. Animais nessas condições estarão mais sensíveis e, portanto, predispostos a serem contaminados por um vírus ou bactéria, o que irá agravar o quadro respiratório.
Assim, o correto é vacinar e, no inverno, evitar passeios em horários ou dias muito frios e banhos muito frequentes, principalmente em animais idosos. Raças de pelagem curta, como doberman, dachshund, pinscher e outros, sentem muito frio. Todo cão deve ter uma casinha, canil ou abrigo no inverno. Cães que dormem desabrigados são sérios candidatos a desenvolver quadros respiratórios.
Parainfluenza
É um dos agentes causadores da chamada "tosse dos canis". O vírus, não contagioso ao homem, causa uma tosse não produtiva (sem catarro), com febre baixa ou ausência dela. O quadro persiste por 2 semanas e o prognóstico é bom. Os animais se contaminam pelo contato direto com cães infectados. O período de incubação é de nove dias. A associação de outros agentes (bordetella, adenovirus ou mycoplasma) com a parainfluenza é comum, e pode causar um quadro mais severo, como perda de apetite, apatia, tosse dolorosa e febre alta.

terça-feira, 7 de julho de 2009

rottweiler adulto

Mais uma foto de um grande rottweiler
Essa é uma associação Portuguesa amiga do rottweiler que defende a raça e mostra a todos os Portugueses como a raça Rottweiler é Tranquila, obediente e socializada

peter of mordof

 Esse é o nosso outro filho , embora o blog trata sobre rotts não podíamos deixá-lo no esquecimentos
Embora o blog é relacionado a rottweiler eu jamais poderia deixar de adicionar o nosso outro menino de estimação Peter of Mordof é um cocker spaniel inglês considerado de cor rara a cor fígado . em seguida deixo alguma informações coletadas sobre a raça.