sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O CÃO ATUAL

Noção de raça, de variedade e de padrão

Foi em 1984 que, com base numa proposta do professor R.Triquet, uma definição
zootécnica da noção de grupo, de raça e variedade caninas, foi definitivamente
aprovada pela Federação Cinológica Internacional.


Espécie e raça

A raça é, segundo o Prof. R. Triquet, como um conjunto de indivíduos apresentando características
comuns que os distinguem dos outros representantes de sua espécie e que são geneticamente transmissíveis.
Segundo ele, "a espécie provém da natureza ao passo que a raça provém da cultura do quadro
da cinofilia”. Com efeito, a conduta da seleção dos acasalamentos de reprodutores pela intervenção
humana pode levar ao surgimento de uma nova raça, mas não permite, em nenhum caso, a
criação de uma nova espécie.
Assim, a raça dos “Jack Russel Terriers” provém do cruzamento entre diferentes terriers levado a efeito
pelo reverendo do mesmo nome a fim de melhorar suas aptidões para a caça. Inversamente, certos
cães como os “Pastores de Languedoc” nunca puderam atingir o status de raça reconhecida.
Outras, como o Chambray, o Lévesque ou ainda o Normando-Poitevin se apagaram progressivamente
por causa de seu pequeno número ou da falta de interesse que suscitaram e foram definitivamente
suprimidas pela FCI. Hoje em dia, raças como o Braco belga ou o Bouvier das Ardenas estão em via
de suspensão, enquanto que o Spaniel de Saint-Usuge ou o Bulldog Americano estão se candidatando
a um reconhecimento oficial. Assim, nestes últimos 50 anos, o número de raças reconhecidas
pela FCI praticamente triplicou, respondendo às exigências cada vez maiores ou, algumas vezes, simplesmente
à procura de originalidade!
Grupo, raça e variedade
O grupo é definido como “um conjunto de raças tendo em comum um certo número de características
instintivas transmissíveis”. Assim, por exemplo, os indivíduos pertencentes ao primeiro grupo (cães
pastores), apesar de suas diferenças morfológicas, apresentam todo o instinto original de guardiões
de rebanhos.
A variedade em si é, segundo uma definição do cinólogo Raymond Triquet, como “uma subdivisão
no interior de uma raça em que todos os indivíduos possuem a mais uma característica comum
transmissível que os distingue dos outros indivíduos de sua raça”.



Assim, o pastor alemão de pêlo longo representa uma variedade da raça “Pastor Alemão”, se bem que
seja possível não achar nenhum pêlo curto na sua descendência (caráter “pêlo longo” transmissível
de forma recessiva). Igualmente, inúmeras raças admitem muitas variedades de cores ou de texturas
de pelagem, ainda podendo ser vistos vários portes de orelha no seu padrão. Por exemplo, a raça Teckel
admite três variedades : de pêlo curto, de pêlo duro ou de pêlo longo.
Cada raça tem seu padrão
O padrão é definido como “o conjunto de características próprias de uma raça”. Ele serve de
referência, no exame de confirmação (próprio da cinologia francesa), para julgar a conformidade de
um cão quanto às características morfológicas e comportamentais de sua raça.
Cada raça possui um padrão, estabelecido pela associação de raças de seu país de origem, que é a
única habilitada para modificar o seu conteúdo. Assim, o padrão estabelecido pelo berço da raça permanece
o único reconhecido pela FCI, mesmo se alguns países tentam, às vezes, impor suas próprias
variedades. Por exemplo, variedades inglesas, americanas ou canadenses da raça Akita Inu foram propostas
sem sucesso de reconhecimento pela FCI. Outras só são reconhecidas pelas instâncias genealógicas
nacionais.
Algumas, como os Poodles Toys e Abricot, foram finalmente reconhecidas pelos países de origem
como pertencendo oficialmente à raça dos Poodles.
Padrão de beleza e morfologia esportiva
Certas raças de cães são difíceis de classificar nos grupos existentes, pois podem ser progressivamente
desviadas de sua vocação primitiva. Para manter a originalidade das raças, certas associações de
raças impuseram testes de aptidões naturais, provas de desempenho, como o field-trial para os cães
de aponte, permitindo julgar um cão com base em suas aptidões comportamentais e não unicamente
em seu aspecto externo e fenótipo.


Sobre a utilidade das alianças intervariedades
As manifestações caninas, tais como concursos,
exposições e campeonatos, permitem aos                          
juízes e especialistas atestadores promover a
reprodução dos cães julgados “melhoradores”
de sua raça, pelas suas qualidades de beleza
ou de desempenho. Essa prática de julgamento
orienta a seleção para as metas dos
clubes de raças, mas corre o risco de acabar
em indivíduos muito tipificados, por vezes
muito afastados do padrão de origem, e
mesmo de ver surgir, progressivamente, diferentes
variedades quando as qualidades de
desempenho forem pouco compatíveis com
os critérios de beleza. Para se evitar o afastamento
dessas variedades, que ameaçam a
integridade da raça e de seu padrão, con-vém
cruzar regularmente os melhores indiví-duos
de cada variedade a fim de conservar, simultaneamente,
as qualidades de desem-penho e
de beleza próprios da raça. O caso do Pastor
belga, que abrange quatro variedades distintas,
é bastante eloqüente. Alianças entre
intervariedades como:

Groenendaels e Tervuerens - são efetuadas regularmente e mantêm uma certa homogeneidade racial
enquanto que cruzamentos entre Malteses e outras raças, efetuados com a finalidade de melhorar as
aptidões de desempenho (mordedura, indiferença aos tiros), arriscariam ameaçar a integridade dessa
variedade. Uma seleção intra-racial orientada unicamente sobre aptidões de desempenho assume o
risco, então, de acabar na criação de um tipo fora do padrão (como foi o caso para o Setter inglês)
ainda mais que os caráteres morfológicos se perdem muito mais rapidamente do que adquirem as qualidades  de desempenho!

Origem, linhagem, família

Cada raça acha sua origem numa fonte cuja dispersão dos produtos, em várias
criações selvagens, geram diferentes linhagens.
Mesmo que as participações genéticas do pai e da mãe sejam idênticas nos filhotes
de primeira geração, fala-se em “origem materna” e “linhagem paterna” no estudo
sobre um pedigree no decorrer de várias gerações.
Com efeito, os descendentes de um padrão de elite denominados de “raçadores”
são sempre mais numerosos do que os de uma cadela de caça campeã, fisiologicamente
limitada a duas ninhadas por ano.
A confirmação e a recomendação de um macho reprodutor acarretam sempre mais
conseqüências do que as de uma fêmea!
Família e consangüinidade

O exame do pedigree de um cão permite remontar
às suas origens e se fazer uma idéia sobre o grau de
consangüinidade que o liga aos seus ancestrais. Ele
mostra que a criação em paralelo de várias linhagens
consangüíneas (ou correntes de sangue) é o
método de seleção mais freqüentemente aplica-do
em criação canina.
Acaba, no final de várias gerações, por fixar as caraterísticas
pesquisadas pelo criador, que consti-tui
assim sua própria “família”, reconhecível por um
cinófilo experiente.
Sobre a necessidade
do aperfeiçoamento
O excesso de consangüinidade no seio de uma
mesma família pode, todavia, conduzir a uma queda
de prolificidade e da variabilidade dos caráteres,
denominada “impasse genético”. O criador tem,
então, recurso no “aperfeiçoamento” com uma outra
corrente de sangue. É mesmo possível, agora, conservar
a semente e, portanto, o patrimônio genético
de certos padrões cujas qualidades possibilitariam
“um retorno”.

Qual é o lugar ocupado pelo cão de raça
indeterminada?

Contrariamente ao “vira-lata”, definido como o produto de uma ligação entre dois
cães de raças diferentes ou provindo do cruzamento de um cão de raça e de um outro
de origem indeterminada, o cão de raça indeterminada é impossível de descrever de
maneira precisa, pois é fruto do acaso, resultando de um cruzamento entre dois reprodutores
de raças indeterminadas. Esses cães são difíceis de recensear na França; estima-
se que esses cães de raça indetermnada e os vira-latas formam cerca de 60% dos
cães presentes nos canis francêses
Sobre as qualidades de desempenho e rusticidade
Os cães de raças indeterminada, por não constituírem um padrão de beleza, apresentam qualidades
de desempenho e rusticidade muito apreciadas pelos seus proprietários.
Se o cão de raça indeterminada possui geralmente a cor selvagem – sua pelagem é muitas vezes dominada
pelo cinzento ou ruivo – é também munido de um porte médio e, a exemplo do cão “o vagabundo”
(a dama e o vagabundo) de Walt Disney, possui um instinto para sair de apuros que lhe permite exercer
seus talentos de caçador, levando ainda em conta que sua cor neutra lhe assegura uma excelente
camu-flagem (apenas 10% dos cães de caça têm um pedigree na França). Originado de diversos cruzamentos,
ele apresenta a vantagem de dispor de um patrimônio genético extremamente rico, os genes
desfa-voráveis (muitas vezes recessivos), tendo grandes chances de ser dominados por genes favoráveis.
As eventualidades da diversidade genética

O principal inconveniente dessa diversificação genética surge da ausência de garantia da transmissão de
caráter no decorrer das gerações seguintes e é muito difícil prever as qualidades morfológicas e psicológicas
dos filhotes provenientes de pais de cão de raça indeterminada, mesmo se estes apresentam qualidades inegáveis.
Mesmo quando ouvimos muitas vezes dizer que os cães de raças indeterminada são vivos, inteligentes,
resistentes e voluntários, é impossível estabelecer-se uma generalização, pois as eventualidades da
genética, muitas vezes, só permitem aos com mais sorte ou mais dotados, encontrar um lugar na nossa
sociedade e ainda pode-se constatar que formam o maior número nos refúgios e carrocinhas.

Vimos que os caráteres quantitativos,
como a aptidão para o trabalho, que
dependem da ação de numerosos
genes, eram menos transmissíveis do
que os caráteres morfológicos, como a
cor ou a textura da pelagem, que
dependem de um número mais restrito
de genes. Os incondicionais dos cães
de raças indeterminada são, com
freqüêntemente,os caçadores, e eles
mesmos atestam ser difícil criar cães
desse tipo com a esperança de fixar
suas qualidades. Em compensação, seu
valor de mercado sendo nulo e seus
efetivos importantes, os caçadores,
muitas vezes, não têm problemas para
renovar seu arrendamento.

Ainda restam cães selvagens na terra?

Hoje em dia, ainda é difícil classificar certos
Canídeos como o lobo da Abissínia - Canis simensis
- (500 indivíduos subsistem ainda na Etiópia)
entre os lobos, as raposas ou os cães selvagens!
Assim sendo, se excluírmos os lobos do grupo
dos cães selvagens, ainda encontramos hoje
alguns tipos de cães selvagens : os cães can-tantes
da Nova –Guiné, os cães Pariahs da Índia e
África, o Basenji do Congo (dos quais muitos são
atualmente domesticados e mesmo reco-nhecidos
pela FCI), os cães de Caroline e os Dingos da
Austrália. Todos os cães selvagens apresentam
uma certa homogeneidade mor-fológica.
Sabendo-se que o lobo é o
ancestral do cão, o cão deixado
no estado selvagem pode
tornar-se lobo?
Partindo-se do princípio que a evolução nunca volta para
trás, pesquisadores da universidade de Roma estudaram
colônias de cães selvagens vivendo nos Abruzzes, na Itália
central. Constataram que os cães das florestas viviam como
lobos, ou seja, em matilha com territórios bem definidos,
contrariamente aos cães errantes dos vilarejos que lutam
geralmente por sua própria conta.
No entanto, os cães selvagens não se parecem tanto com
lobos. Eles são menores, de cor âmbar castanho, o que indica
uma perda definitiva de genes alelos, sem dúvi-da após
um episódio de domesticação ao longo de sua história.

O cão do futuro

As estatísticas anuais da Sociedade Central
Canina permitem conhecer as tendências raciais
atuais e tentar extrapolar sobre o perfil do tipo
do cão do futuro. Os nascimentos declarados,
raça por raça, mostram uma tendência para o
retrocesso das raças mais conhecidas em proveito
da emergência de raças cada vez mais originais.

Os hipertipos

Esta pesquisa de originalidade e extremo é uma técnica de
seleção desenvolvida principalmente nos Estados Unidos e
na Inglaterra. Ela culminou naquilo que chamamos de
“hipertipos” como, por exemplo, certos Bulldogs cujo focinho ficou tão achatado que só podiam nas-cer por cesariana e respirar com a boca aberta. Do mesmo
modo, os Labradores têm uma tendência nítida à obesidade, os Teckels ao alongamento, os Shar-Peï
ao enrugamento da pele e os Pastores ale-mães ao rebaixamento da anca...
Os cães de raça pequena apresentam o seu tamanho em redução constante, sendo assim denominados
“toy” ou “miniatura”, contrariamente aos cães de raça grande que tendem para o gigantismo e
deixam para os vira-latas todas as qualificações médias. A tendência atinge uma divisão da média em
favor de dois extremos!

Influência da genética para um cão sob medida

A técnica do “morphing” é uma ferramenta da informática que leva em conta, ao mesmo tempo, esta
tendência e a evolução do nosso modo de vida e dos progressos da genética. A evolução do modo de
vida segue o desenvolvimento da urbanização. A diminuição da população dos cães de fazenda é previsível
em proveito do aumento dos cães de companhia, ligado ao desenvolvimento do trabalho no
domicílio e à cibernética. No entanto, o perfil dos cães de companhia muda muito em função do
fenômeno da moda.
Se as tendências atuais persistissem, poderíamos prever um aumento da diversidade racial. O cão do
futuro será portanto tudo, menos um cão médio! A genética da cor e da textura da pelagem pro-gredindo
a grandes passos, ele poderá, sem dúvida, ser “geneticamente colorido”. Os mecanismos genéticos
íntimos da transmissão dos caráteres serão mais precisamente conhecidos com o
estabelecimento do mapa do genoma canino daqui a uns vinte anos. Será, sem dúvida, possível elimi
nar defeitos hereditários e também diminuir o elemento probabilístico, atendendo, assim, a uma
demanda cada vez mais original.
O desenvolvimento das técnicas de inseminação com sêmen refrigerado ou congelado abolirá as distâncias,
as fronteiras e as quarentenas para autorizar a reprodução de dois parceiros selecionados num
“catálogo Internet” e até a utilização do sêmen de padrões que desapareceram.
Talvez haja menos abandono, mas o cão do futuro, “um cão sob medida, se distanciará cada vez mais
do perfil do cão selvagem que ele certamente nem mais reconhecerá!

Fonte :Enciclopédia do Cão Royal Canin



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

CONCURSO PEIXE GRANDE

RELEASE PARA IMPRENSA

Concurso Peixe Grande

Inscreva seu app, site ou blog e concorra a 3 iPads!
Concurso Peixe Grande chega a sua décima edição

O concurso Peixe Grande tem o objetivo de premiar os melhores apps, sites e blogs do mercado, estimulando, assim, o desenvolvimento de grandes cases no país. É promovido há dez anos pela Arteccom, tendo conquistado, ao longo deste tempo, grande credibilidade e reconhecimento nacional e internacional.

Na Classificação Júri Técnico, serão critérios para a avaliação:
- Design: experiência, usabilidade, harmonia, imagens, cores e tipografia.
- Tecnologia: layout responsivo.
- Conteúdo: relevância, originalidade e interatividade.

Os vencedores ganharão iPads, serão entrevistados pela Revista Wide, receberão troféus e certificados.

Participe! Inscreva seu aplicativo, site ou blog: www.revistawide.com.br/peixegrande

Obs: Inscrições gratuitas para blogs.

O 10º Concurso Peixe Grande conta com o Patrocínio Diamante do Dollar Photo Club, com o Patrocínio Prata da Sencha/Eng e com o apoio da Abradi. Realização Revista WideArteccom.


   VIEMOS AQUI MAIS UMA VEZ PEDIR O APOIO A TODOS QUE PARTICIPAM , DO BLOG QUE NOS AJUDEM VOTANDO NO  SIMBOLO NA PARTE SUPERIOR DO BLOG (PEIXE GRANDE). É MUITO IMPORTANTE PARA CONTINUARMOS NOSSOS TRABALHOS.