quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A posse responsável reflete no comportamento animal

A posse responsável reflete no comportamento do animal


Aos que comungam com os princípios do Dia Nacional de Adotar um Animal, 4 de outubro, é importante ressaltar que a adoção deve ser realizada de maneira responsável.
A presença do dono é muito importante para que o animal se sinta feliz, caso contrário , se ficar muito tempo sozinho e preso , poderá sofrer de depressão.
A solidão poderá ocasionar uma alteração de comportamento, denominada ansiedade da separação. Alguns proprietários de cães e gatos desconhecem a razão porque o animal esta defecando em locais impróprios, escavando, mordendo objetos, rasgando roupas, arranhando móveis, uivando, com anorexia ou hiperatividade, e isto se deve a falta de atenção necessária.


O animal, às vezes, acaba até sendo punido pelos estragos causados, como se ele fosse culpado , quando a culpa é do proprietário, que não esta conseguindo compreender sua carência afetiva.
O carinho e a atenção são essenciais para a socialização dos animais de estimação. Quando filhote, após a separação da mãe e dos irmãos de ninhada, se dará início o período de socialização do animal (entre 2 e 4 meses), em que ele se ligará fortemente ao dono e às pessoas com quem tiver contato. A ligação implica numa relação de confiança e é a base fundamental do laço entre o proprietário e o animal de estimação. Como todo excesso traz malefício, o animal não deve ficar extremamente dependente do proprietário, isto propiciará o desenvolvimento de distúrbios comportamentais associadas à separação.
A mudança súbita no ambiente, decorrente de divórcio, falecimento e até a chegada de um novo membro na família influenciam no comportamento do animal.


O animal precisa ser tratado com equilíbrio, exercitando bastante o físico, recebendo treinamento correto para ser obediente, desfrutar de brinquedos adequados e passeios diários, para não se estressar e manifestar um comportamento indesejado.
O cão elege o seu proprietário, aquela pessoa que lhe inspira respeito e isso quer dizer autoridade e não violência. A firmeza nos gestos e na voz é que determinarão isso. Para ele, os habitantes da casa obedecerão a um escala de poder e caso ninguém tenha autoridade com ele, será ele quem assumirá a liderança, não obedecendo a ninguém.
Quando ele é esquecido pelos que convivem com ele, resmungará como se fosse um choro, pois se sentirá menosprezado. Pode perceber que se ninguém ligar para o resmungo dele acabará latindo para chamar a atenção.
A linguagem dos cães não é difícil de ser compreendida e, na verdade, é bastante simples. No contato com as pessoas, eles utilizam todos os recursos físicos para se comunicarem:


- Cabeça e orelhas viradas para uma determinada direção: significa que o cão escutou algum barulho e quer localizá-lo e identificá-lo;


- Cauda balançando para os lados: se ela estiver na posição normal, significa alegria;


- Cauda levantada: o cão está pronto para a briga com outro cão;
- Cauda levantada e balançando: quer dizer alegria e segurança;
- Cauda baixa: insegurança;
- Cauda parada: inquietude;
- Cauda entre as pernas: medo;
- Cauda entre as pernas: o cão está precisando de alguma ajuda, porque está “apertado” para fazer as suas necessidades;
- Cheirar o rabo de outro cão: é uma forma de conhecer outro cão e de cumprimentá-lo, além de o identificar pelo seu cheiro pessoal, produzido pela sua glândula anal, uma verdadeira “carteira de identidade”;
- Dar voltas e girar no mesmo lugar, antes de se deitar e, às vezes, arranhando o local (terra, tapetes, etc.), com as unhas: é um hábito adquirido dos seus antepassados selvagens que, assim, preparavam a sua “cama” para dormir e que, para isso precisavam amassar o capim e preparar o local para se deitar;
- Deitar de costas, com a barriga para cima: os cães agem assim quando:
1 – estão muito alegres e querem brincar “dizendo”, com isso, como estão felizes com a brincadeira;
2 – quando se sentem ameaçados, portando-se como seus antepassados selvagens, deitando-se de barriga para cima, para mostrar a cor clara do seu ventre, em sinal de submissão;
3 – quando brigam e perdem, tomam essa posição, “se entregando”, indicando que não querem mais brigar;
4- Ficar se esfregando no dono, principalmente na sua perna: significa que o cão que ser acariciado;
5- Dar “cutucadas” com o focinho: é a maneira de chamar a atenção da pessoa que está perto dele para, geralmente, pedir alguma coisa;
6- Lambidinha: é a maior prova de afeto que um cão, de qualquer idade, pode dar a uma pessoa, lambendo-lhe o rosto e as mãos;
7- Latir sem parar: significa que o cão está disposto a atacar algum intruso, homem ou animal, para defender o seu “território”, seus pertences, sua comida, sua fêmea, seu dono ou outra pessoa de sua família. Nesse caso, mostra os dentes, fica com a cara e o focinho franzidos e as orelhas para traz, mostrando que está pronto para atacar.
Adotar um animal é uma iniciativa muito importante, a força do amor incondicional é capaz de transformar uma vida, mas é para ter ao seu lado um companheiro muito saudável, é fundamental ter tempo para cuidar dele com carinho e dedicação.

4 de Outubro - Dia Nacional de Adotar um Animal


Plante a semente da caridade. Colha os frutos do amor!

Atrigo de Vininha F. Carvalho (Vininha F. Carvalho


Jornalista, administradora de empresas, economista e ambientalista, atuando como defensora dos animais)

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