sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Informações importantes sobre o Cio das cadelas

Cio
Considera-se que uma cadela está na puberdade quando ela tem o primeiro cio. Este ocorre entre os 6 e os 10 meses de idade (mais mês menos mês, há cadelas que só têm o cio mais tarde, mas são uma exceção), na maioria das raças. O cio é a época de "namoro" da fêmea, pois fora desse período ela não aceita os avanços do macho. Diferentes das fêmeas, os machos não apresentam cio e podem acasalar em qualquer época. Os machos podem detectar o odor das fêmeas no cio a uma grande distância. Um ferormônio é eliminado junto com a urina das cadelas nessa fase, e é ele que atrai os machos.

Como identificar o cio:


A região genital externa das cadelas (vulva) começa a inchar e observa-se um sangramento leve a moderado. O primeiro dia do cio deve ser marcado no calendário e é o dia em que se observa o início do sangramento.


Duração do cio:


Em média, o cio das cadelas dura de 15 a 30 dias. A média é 21 dias, mas depende muito das cadelas.


Freqüência do cio:


O cio das cadelas manifesta-se a cada 6 meses, normalmente. Mas há cadelas cuja freqüência varia a cada 5 ou 7 meses, e até cadelas que só têm o cio uma vez por ano. O importante é que o intervalo seja constante.

Períodos do cio:


Na primeira metade do cio, observa-se um sangramento leve que diminui ou desaparece totalmente em torno do 7o. ou 8. dia. Nesse período, a cadela deixa-se cheirar pelo macho, mas ainda não aceita que ele a monte. Na segunda metade do cio, não há sangramento e a vulva mostra-se inchada (embora muitas cadelas ainda possam ter sangramento). Nessa fase, as cadelas permitem a monta e o acasalamento com o macho. O final do cio é notado pela diminuição evidente da região genital e quando a fêmea passa a rejeitar o macho. Muitas vezes o sangramento volta e mantem-se até ao final do cio.


Como evitar que a fêmea fique prenha: não permitir que ela tenha contato com machos do 7o. ao 15o. dia (ou final) do cio. A esterilização é uma excelente opção para quem não quer que seu animal tenha crias. Uma vez esterilizada, a fêmea não terá o inconveniente do cio, reduzindo-se em simultâneo o perigo de tumores mamários ou uterinos. O uso de anticoncepcionais não é um método totalmente seguro para a saúde do animal, pelo que não é de todo recomendável.


"Cio seco":


Algumas cadelas não apresentam sangramento durante o cio. Nessas fêmeas, é muito mais difícil identificar o momento certo para o acasalamento. Para quem tem um casal de cães e não tem muita experiência, isso é um problema pois os acasalamentos indesejáveis poderão acontecer. Algumas pessoas, por não perceberem o sangramento na fêmea, acham que seus animais nunca tiveram cio. Cadelas mais velhas podem apresentar cio seco.


As fêmeas têm cio até o final da vida. Não existe a "menopausa" nas cadelas.


Resumindo, o ciclo sexual das cadelas divide-se em 4 fases:


Proestro – manifesta-se pelo inchaço da vulva e corrimento de sangue. A cadela já atrai os machos, mas recusa a cópula.


Estro – fase durante a qual a fêmea aceita o macho. Nesta fase a vulva continua inchada, mas normalmente, o corrimento é bastante reduzido ou inexistente.


Metaestro – período da gestação, parto e lactação para as cadelas que efetivamente cruzaram. Neste período, algumas cadelas que não acasalaram apresentam sintomas de gravidez, é a chamada Gravidez Psicológica.


Anestro – período de descanso sexual, entre os dois cios.


Muito importante:


o Criar não é simplesmente juntar uma fêmea e um macho. Para o bem da raça, só se devem cruzar animais que:


- Tenham LOP


(caso contrário oficialmente são SRDs)


- Sejam manifestamente bons exemplares da raça, obtendo pelo menos 3 classificações de SG (sehr gut - Muito Bom) em exposições de beleza especializadas da raça.


- Preferencialmente tenham o caráter a aptidão da raça, o que pode ser aferido em provas de trabalho como o RCI. Um Rottweiler não é aquele que se parece com um Rottweiler e até é muito bonito. O verdadeiro Rottweiler parece-se com um e age como tal, demonstrando toda a sua força, equilíbrio, confiança e aptidão para o trabalho. Não esquecer nunca que esta é uma nobre raça de trabalho, antes de tudo.


- Tenham os despistes das doenças geneticamente transmissíveis excetuados por uma entidade veterinária idônea: nomeadamente a displasia da anca (coxofemoral) e do cotovelo. Uma ecografia ao coração ajuda igualmente a despistar possíveis problemas cardíacos.


Ninguém tem visão rx e os bruxos existem, mas nada percebem de cães, dizer-se "ha, mas eu vi os pais e são muito saudáveis e bonitos, correm e saltam, por isso não devem ter displasia" é um erro que mais tarde se paga muito caro. Alguns "criadores" valem-se da inocência dos compradores afirmando que os seus animais não têm displasia pois não têm sintomas. ERRADO. Há muitos casos de displasia cujos sintomas só se tornam visíveis mais tarde. O RX é a única forma de detectar a existência deste grave problema que tanto afeta a nossa raça.


- Para quem ainda pensa que criar dá dinheiro... Desengane-se. Fabricar é capaz de dar lucro, principalmente às fábricas de várias raças. Criar como ato de trazer algo de novo e melhor para a raça (dentro do estalão oficial que deve ser o objetivo de criação, já que a perfeição não existe, mas é sempre um objetivo a alcançar).


As despesas de alimentação cuidada, aquisição de bons exemplares, deslocações e estadias para provas de beleza, treino e deslocações para provas de trabalho, exames veterinários periódicos, valor da cruza, acompanhamento veterinário e alimentação especial durante a gestação, parto (sem contar com complicações), acompanhamento dos cachorros (sem contar com as complicações), vacinas e desparasitante...


Bem... é melhor para por aqui. Para fazer há que fazer bem feito, e não porque o milagre da vida é tão bonito e eu até gostava de ter um filhinho do meu cão/cadela.


Os canis municipais estão cheios de cães resultantes disso mesmo, e o nosso Portugal está cheio de Rottweiler que da raça, apenas têm o preto e o castanho.


o Uma cadela nunca deve ser cruzada antes da sua maturidade completa, que acontece por volta dos 24 meses, ou após o terceiro cio.


o Não é aconselhado que se cruze a cadela em todos os cios. Isso porque o processo de gestação, parto e amamentação é muito desgastante.


o Para aqueles que não desejam que a cadela acasale, o ideal é isolar a fêmea, este isolamento deve ser meticuloso, pois elas vão tentar arranjar maneira de se escapar. Não se deixe enganar pelas diferenças de tamanho entre machos e fêmeas. Nesta fase eles dão "um jeito" e tornam-se verdadeiros contorcionistas...


o A esterilização é uma excelente opção para quem não quer que a sua cadela tenha bebês. Uma vez esterilizada, a fêmea não terá o inconveniente do cio.


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Auti=orizado a publicação por Cris Santana que faz um trabalho excelente na proteção dos animais

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