segunda-feira, 28 de junho de 2010

Jone B. Cardoso - Adestramento de Cães a domicílio em POA

A IMPORTANCIA DE ADESTRAR SEU CÃO

Adestramento


Quando e como começar a adestrar o seu cão
O adestramento dos cães deve ser iniciado no momento em que o filhote chega em casa. O cãozinho precisa aprender o significado de comandos como "Não", "Muito Bem", "Aqui", etc. Isso evitará que ele tenha problemas comportamentais na fase adulta, como a agressividade. Com o adestramento, o cão vai entender que 'manda' e isso é importante para se estabelecer uma hierarquia.


Você pode optar pela ajuda de um adestrador para orientá-lo. Procure ter referências sobre o profissional que irá contratar. Há pessoas não qualificadas que ensinam os animais com métodos violentos, o que será desastroso para o caráter do cão. O adestrador deve ter noções básicas sobre o estudo do comportamento dos cães. É importante que depois de algumas aulas, você comece a acompanhar o adestramento, ou seu cão apenas obedecerá o adestrador. Existem bons livros que ensinam você a educar o filhote, compreender a sua linguagem e até adestrá-lo. Indicamos alguns no final deste artigo.


O adestramento do animal, seja feito por você ou um profissional, NÃO INCLUI:


- bater no cão;


- prendê-lo a maior parte do tempo, seja na corrente ou canil, a fim de que ele se torne um animal bravo ou um bom cão de guarda;


- deixá-lo sozinho o dia todo e longe do contato com pessoas da casa;


- provocar o animal.


O adestramento se faz necessário para muitas raças de cães e em situações especiais. As raças grandes são difíceis de serem conduzidas durante um passeio, e pode se tornar até perigoso passear com um cão grande que não esteja devidamente "educado". Cães que "levam" o dono para passear, assim como cães "anti-sociais" que atacam outros animais ou pessoas, também são candidatos ao adestramento.


Mas como escolher um bom adestrador? Infelizmente, no Brasil, a profissão de adestrador não é regulamentada, ou seja, qualquer indivíduo pode se intitular adestrador de cães. Existem excelentes profissionais, no entanto, há aqueles que, sem experiência alguma ou conhecimento mínimo sobre comportamento animal, tentam "ensinar" os cães de maneira violenta. Imagine um filhote sendo quase asfixiado pelo enforcador/coleira ou recebendo tapas para aprender os comandos. O resultado disso é um cão adulto medroso, assustado, que pode se tornar até violento. Antes que lhe batam, ele ataca...




Tenha muito cuidado ao escolher o adestrador do seu cão. Algumas dicas importantes:


bater é um estímulo negativo e seu cão obedecerá por medo. Recompensar é um estímulo altamente positivo e seu cão obedecerá por prazer. Na hora de escolher o profissional, procure conversar e saber sobre a experiência dele e os métodos que usa. Certamente você saberá diferenciar um "entendido" de um bom profissional.
- Seu cão deve demonstrar afeição pelo adestrador. Se o cão é independente, mas demonstra medo do profissional, há grandes chances dele estar sendo maltratado durante as aulas.


- Acompanhe sempre que possível as aulas de adestramento. De nada adianta seu cão obedecer somente ao adestrador. O profissional consciente ensina o cão e o dono. Sim, o dono também precisará ser "adestrado" para saber dar ordens ao seu cão.


- As escolas de adestramento são uma boa opção. Nesse caso, grupos de animais, juntamente com seus donos, participam de aulas coletivas ou individuais. A vantagem do adestramento coletivo é que o cão aprende a conviver com outros animais (socialização).


- Violência durante o adestramento poderá estragar irreversivelmente o temperamento do cão. Não aceite esse tipo de método durante as aulas do seu animal.


- Existem muitos métodos de adestramento modernos que se baseiam em estudo do comportamento dos cães. O uso do "clicker" (estímulo auditivo acompanhado de recompensa pelos acertos), tem excelentes resultados.


- Lembre-se que o adestramento é feito a três: você, o adestrador e o cão. Deve haver um entrosamento entre o dono e o profissional para que o resultado seja positivo. Se você não for participativo, não culpe o adestrador se o cão não quiser obedecer você.


- Adestramento de ataque só é feito em casos especiais, quando necessário, por profissionais bastante experientes. O cão de guarda já possui um instinto natural de defesa do seu território. Não queira tornar seu cão uma "máquina mortífera". A "máquina" pode causar acidentes graves.


- Você pode tentar adestrar seu cão sozinho, mas desde que bem orientado. Não siga os conselhos de leigos no assunto. Manter o cão preso para torná-lo um bom cão de guarda é um grande erro, assim como bater nele com jornal ou esfregar seu focinho nos dejetos, só o assustarão.


- Certa vez, andando pelas ruas, vi um adestrador batendo num cão. Apesar dos meus protestos, o indivíduo ainda achava que tinha razão. Pobre cão e pobre dono que sequer imaginava o que seu animal passava durante as aulas de adestramento. Não cometa o mesmo erro. Adestre seu cão, é necessário, mas com um profissional. Não o confie a um "entendido"
.

Fonte de pesquisa :Equipe Universo do Cão









terça-feira, 15 de junho de 2010

Os doze mandamentos da posse responsavel com os animais

  1. OS DOZE MANDAMENTOS DA POSSE RESPONSÁVEL.

1- Vacine o cão anualmente;
2- Passeie com o cão todos os dias. Assim ele vai se exercitar e se socializar com outros cães e pessoas;
3- Ofereça ao animal um alimento balanceado, próprio para cães, evitando dar restos de comida caseira;
4- Mantenha sempre limpo o local onde o cão fica, com água fresca à disposição;
5- Procure o médico veterinário quando o cão ficar doente. Não tenta medicá-lo por conta própria;
6- Dê para o animal medicamento contra vermes (vermífugo) periodicamente.
7- Use sempre coleira e guia ao levá-lo para passear na rua;
8- Coloque uma identificação na coleira do seu cachorro, para que ele possa ser devolvido em caso de perda ou fuga;
9- Recolha as fezes do cão em locais públicos;
10- Tome as medidas de segurança quando possuir cães de guarda: adestramento básico, muros altos, portões sempre fechados, uso de guia e placas de sinalização indicando a presença de cão de guarda. Isso pode evitar que seu cachorro não
venha a ferir pessoas ou outros cães;
11- Não permita que seu animal cruze indiscriminadamente, gerando um grande número de cães sem donos nas ruas.
12- Não permita que seu cão viva solto nas ruas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

Considerando que cada animal tem direitos; considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos levaram e continuam a levar o homem a cometer crimes contra a Natureza e contra os animais; considerando que o reconhecimento por parte da espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das espécies no mundo; considerando que genocídios são perpetrados pelo homem e que outros ainda podem ocorrer; considerando que o respeito pelos animais por parte do homem está ligado ao respeito dos homens entre si; considerando que a educação deve ensinar à infância a observar, compreender e respeitar os animais.


Proclama-se :


Art. 1° ­ Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência.


Art. 2° ­ a) Cada animal tem o direito ao respeito.
b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se ao direito de exterminar os outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais.
c) Cada animal tem o direito à consideração, à cura e à proteção do homem.


Art. 3° ­ a) Nenhum animal deverá ser submetido a maltrato e a atos cruéis.
b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia.


Art. 4° ­ a) Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de reproduzir-se.
b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito.


Art. 5° ­ a) Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
b) Toda modificação deste ritmo e destas condições impostas pelo homem para fins mercantis é contrária a este direito.


Art. 6° ­ a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida, conforme a sua natural longevidade.
b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.


Art. 7° ­ Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.


Art. 8° ­ a) A experimentação animal que implica em um sofrimento físico e psíquico é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra.
b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.


Art. 9° ­ a) No caso de o animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto sem que para ele resulte ansiedade ou dor.


Art. 10° ­ a) Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem.
b) A exibição dos animais e os espetáculos que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal.


Art. 11° ­ O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida.


Art. 12° ­ a) Cada ato que leva à morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um delito contra a espécie.
b) O aniquilamento e a destruição do ambiente natural levam ao genocídio.


Art. 13° ­ a) O animal morto deve ser tratado com respeito.
b) As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos do animal.


Art. 14° ­ a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo.
b) Os direitos do animal devem ser defendidos por leis, como os direitos do homem.


Direitos dos Animais - Proclamado pela UNESCO em 27 de janeiro de 1978

domingo, 6 de junho de 2010

Quais cuidados precisamos ter com a cadela e os filhotes

 CUIDADOS COM FILHOTES DE CÃES.

Autores: Emerson Flávio Freitas Motta1, Flávia Santim1, Gustavo José von Glehn Santos1, Juracy de Souza Neto1, Prof. Dr. Cid Figueiredo2 e Prof. Marcos Affonso Ortiz Gomes3.
Fonte do artigo: Editora da Universidade Federal de Lavras – clique aqui.

1 = Estudante do 9o período do curso de Medicina Veterinária – UFLA;
2 = Orientadora: Professora de Epidemiologia do Departamento de Medicina Veterinária – UFLA;
3 = Orientador: Professor de Extensão do Departamento de Administração e Economia – UFLA;
4 = Ilustrações: Estudante do 4o período de Administração Rural – UFLA.


CUIDADOS COM FILHOTES DE CÃES

I - INTRODUÇÃO

O cão há séculos vem acompanhando a espécie humana em seu desenvolvimento, ligado por laços afetivos, como leais companheiros ou até mesmo como fonte de renda, no caso de criadores comerciais. Contudo, apesar dos longos anos de convivência, o ser humano ainda encontra dificuldades em fornecer os cuidados mínimos necessários à vida reprodutiva de seu animal, como alimentação da cadela gestante, preparativos e cuidados durante o parto e acompanhamento do filhote.

O presente trabalho tem como objetivo esclarecer os proprietários de cães sobre a importância de algumas medidas simples, de baixo custo, mas que podem refletir diretamente sobre o bem-estar não só dos filhotes, como também da fêmea gestante.

II - CUIDADOS ANTES DO NASCIMENTO

2.1 - ESCOLHA DOS PAIS

O início da vida reprodutiva da cadela ocorre, em média, em torno de seis a oito meses de idade (quando ocorre o primeiro cio), porém, o primeiro cruzamento deve ser feito a partir do terceiro cio, quando a cadela se encontra sexualmente madura, evitando-se assim, problemas da gestação e no parto.
A escolha do macho deve ser feita de forma cuidadosa, evitando-se animais parentes (irmãos com irmãs, pais com filhos), falta de compatibilidade entre tamanhos (machos muito grandes para fêmeas muito menores).

O acompanhamento veterinário dos pais deve ser realizado de modo a prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e alterações genéticas que possam futuramente comprometer o bem-estar dos filhotes.

2.2 - PRÉ-NATAL

Existem diversos cuidados a serem tomados com a fêmea gestante, de forma a garantir um parto seguro e o bem-estar da cadela e dos filhotes.
A data prevista de parto é um dado de extrema importância; para isso o proprietário deve saber os dias em que ocorreram os cruzamentos, a fim de prever, aproximadamente, o dia em que a cadela irá parir.
A gestação da cadela varia de 58 a 66 dias. Desta forma, gestações que se apresentem fora do período normal devem ser invariavelmente encaminhadas ao médico veterinário. O proprietário deve reconhecer a importância do acompanhamento da gestação (mesmo que normal) por um veterinário, para que este tome os cuidados, como nutrição adequada da gestante, controle parasitário (carrapatos, pulgas, vermes, etc.) e vacinação.

A partir de exames mais elaborados, tais como raio-x, ultra-som e exames clínicos convencionais, pode-se avaliar se a cadela está realmente gestante, o número de filhotes e viabilidade dos fetos.

2.3 - PREPARATIVOS PARA O PARTO

O momento da parição deve ser acompanhado de alguns cuidados que proporcionem conforto e que preservem a saúde da cadela e de seus filhotes. Um destes cuidados é a caixa de cria, onde a cadela deve ser instalada pelo menos uma semana antes do parto, para que possa acostumar-se com a caixa e com o ambiente. Ela deve ser colocada em lugar tranqüilo, aquecido, com ar fresco (sem correntes de ar), seco e livre de insetos, evitando-se a presença de outros animais e o trânsito excessivo de pessoas. Suas dimensões devem permitir a livre movimentação da cadela, e seu fundo poderá ser forrado com jornais velhos, papelão ou panos que permitam o aquecimento, o conforto e uma eficiente e barata limpeza do local. A altura da caixa deverá ser suficiente para que a mãe entre mas com paredes laterais para evitar que os filhotes saiam (20 a 30cm de altura). Deverá ainda ser afastada do solo, com abertura na parte lateral e inferior para limpeza e escoamento das excretas (urina e fezes). Lateralmente, devem-se colocar barras de madeira para refúgio e proteção dos filhotes, evitando, assim, o esmagamento e traumatismos.

Algumas cadelas podem fazer seus próprios ninhos em locais escolhidos por elas, como embaixo de tanques de lavar roupa, garagens, embaixo de móveis, buracos em quintais, utilizando panos velhos e papéis que eventualmente encontre à sua disposição.

Todos esses cuidados devem ser tomados a fim de proporcionar ao animal o mínimo de estresse, evitando problemas como rejeição, falta de leite e até mesmo o canibalismo (ingestão dos filhotes).

III - O PARTO

É de extrema importância que, ao chegar a data prevista para o parto, o dono esteja atento ao momento da parição para providenciar tudo o que a cadela precisar. Para isto, o proprietário deve saber qual o comportamento da fêmea neste momento e como o parto ocorre de maneira natural.

3.1 - COMPORTAMENTO DA FÊMEA

Usualmente, ela torna-se agitada, muda de posição e normalmente procura lugares tranqüilos e escuros, podendo arrastar-se para baixo de cadeiras e outros móveis.

Imediatamente antes da parição, o animal cata papéis, roupas e outros objetos para fazer o ninho. O dono deve tomar cuidado, pois algumas cadelas podem se tornar agressivas nesta hora, ao passo que outras preferem a presença do dono.

3.2 - TRABALHO DE PARTO

O parto é o processo final da gestação e consiste em alterações hormonais, modificações corporais, como o aumento dos quadris para facilitar o nascimento, e o aumento do volume da vulva; estes fatores acabam por facilitar a expulsão dos filhotes do organismo materno. Nesta época, a cadela já deverá apresentar secreção de leite, pois as glândulas mamárias começam a se desenvolver a partir do segundo mês de gestação.

Quando se inicia o nascimento, a fêmea começa a ter contrações abdominais, o filhote começa a ser expulso e a primeira parte a ser vista é a bolsa amniótica (bolsa de água), com um pouco de líquido. Em seguida, a cadela inicia a retirada da placenta, que recobre o filhote e começa a lambê-lo; este ato promove a estimulação deste, além de secá-lo.

O primeiro filhote geralmente nasce entre 20 e 30 minutos após o início das contrações e os nascimentos subseqüentes podem variar de até duas a três horas, podendo chegar até a seis horas nos últimos filhotes.


3.3 - AUXÍLIO DO PARTO

Nos casos de cadelas inexperientes (primeiros partos), pode haver uma inabilidade na retirada dos envoltórios fetais (placenta); nos casos também em que os filhotes demorem a nascer pondo em risco a sua sobrevivência, o auxílio ao parto deve ser feito por um médico veterinário, pois manobras de ajuda realizadas por pessoas leigas podem pôr em risco a vida dos filhotes.


IV - CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO

Os proprietários devem estar atentos aos filhotes recém-nascidos, pois estes são muito frágeis; qualquer descuido ou intercorrências podem provocar sua morte.

Alguns cuidados básicos devem ser tomados para diminuir as taxas de mortalidade dos filhotes, como, por exemplo, o auxílio para a ingestão do colostro (secreção inicial das glândulas mamárias, secretada logo após o parto) e o aquecimento dos filhotes.

Ao nascimento, os filhotes apresentam sistema imunológico ainda não completamente desenvolvido, estando fortemente suscetíveis a doenças. Esta deficiência imunológica é suprida pela ingestão de colostro, que é rico em anticorpos, que promovem a defesa do organismo do filhote, devendo ser ingerido imediatamente após o parto, ou o mais cedo que o filhote o consiga fazê-lo, não devendo nunca ultrapassar nove horas após o nascimento.

Sabe-se que os recém-nascidos não têm capacidade de controlar sua temperatura corporal, estando sujeitos a variações de temperatura ambiental (muito quente ou muito fria) que podem afetá-los. Portanto, devem ser mantidos aquecidos pelo contato direto com a mãe ou de forma artificial.

A habilidade dos filhotes em eliminar fezes e urina também pode gerar problemas, pois os estímulos externos são necessários para isso. A mãe geralmente lambe os orifícios excretores (ânus e genitais externos do filhote) para estimular essas funções, que também podem ser estimuladas artificialmente em casos de filhotes órfãos. Estes cuidados serão esclarecidos no item a seguir.

4.1 - FILHOTES ÓRFÃOS

A morte da mãe logo após o nascimento dos filhotes, fêmeas doentes, fêmeas que abandonam a cria após cesariana, com instintos maternos pouco desenvolvidos e filhotes muito grandes, são causas freqüentes de filhotes órfãos. Este fato, considerado sempre como uma catástrofe, poderá, entretanto, ser superado com sucesso se todas as necessidades de cada filhote forem supridas por outros meios. A tarefa é bastante exigente, sendo necessário grande aplicação e dedicação para se atingir um resultado satisfatório.
Algumas medidas podem diminuir a mortalidade dos recém-nascidos órfãos, sendo que a alternativa mais óbvia é a substituição da mãe ausente por outra em estágio de lactação apropriado. Trata-se de uma medida que nem sempre é possível, pois requer uma grande coincidência para a substituição e um grande intercâmbio entre criadores; além disso, as fêmeas podem rejeitar os filhotes por não os reconhecer como seus. Este problema pode ser amenizado, esfregando-se os recém-nascidos com um pano com o cheiro da mãe adotiva e da secreção de seus filhotes. Caso a adoção seja eficiente e em período de lactação adequado, tornam-se dispensáveis quaisquer outros cuidados, uma vez que a mãe adotiva os fará.

Nos casos onde a fêmea não foi eficiente, o proprietário deverá substituir as funções da mãe. Estas funções abrangem a nutrição dos filhotes, manutenção da temperatura corpórea e estímulos que garantam a realização das funções vitais dos recém-nascidos.

Em casos de abandono ou morte da mãe, o proprietário deve realizar, imediatamente após o nascimento, o estímulo da respiração. Para isto deve-se fazer a limpeza do focinho do filhote recém-nascido e massagear-lhe de forma circular e cuidadosa o tórax. Após o estabelecimento dos movimentos respiratórios, os quais são facilmente observados pelo criador por meio do choro ou gritos e aumento e diminuição do volume do tórax, deve ser feito o estímulo da circulação periférica do animal. Esta é realizada de modo a substituir o estímulo de lambedura da cadela em todo o corpo do filhote, podendo ser realizada com massagem delicada, utilizando-se um pano limpo e seco.

Como já foi visto, cuidados com a temperatura corporal dos filhotes devem ser rapidamente tomados. Para isto, utilizam-se lâmpadas incandescentes, de modo a manter os filhotes aquecidos à temperatura de 30 a 32oC durante os primeiros cinco dias de vida, sendo gradualmente diminuída até 24oC nas próximas quatro semanas. O proprietário deve ter o cuidado, durante o aquecimento dos filhotes, para que não ocorra superaquecimento ou mesmo queimaduras por contato direto deles com a lâmpada. Para melhor controle da temperatura, pode-se utilizar um termômetro simples.

Os filhotes não devem permanecer em contato direto com superfícies frias ou que possibilitem a perda de temperatura corporal; para isto, devem-se utilizar panos e jornais velhos, trocados periodicamente de modo a garantir uma eficiente higienização.
Os recém-nascidos sofrem também graves processos de desidratação, o que pode ser evitado esfregando-se, na região ventral de cada filhote (na barriga e no peito), um pouco de óleo de bebê, a cada dois ou três dias.

A ingestão inicial de colostro é de fundamental importância para a manutenção da imunidade do filhote contra diversas doenças. Nos casos em que não tenham mamado o colostro, devem ser levados a um médico veterinário para que este, por meio de bancos de colostro ou outras medidas, realize a imunização dos filhotes.

A alimentação dos recém-nascidos pode ser realizada pelos proprietários de forma artificial, mediante o fornecimento de leite com formulação preestabelecida e citada a seguir. Deve-se ter em mente que os filhotes alimentam-se, com a cadela, em pequenas quantidades, uma vez que seu estômago não comporta grandes quantidades porções alimento. Desta forma, devem ser alimentados várias vezes ao dia, o que requer bastante dedicação e paciência do tratador.

O leite da cadela é mais "forte" que o leite de vaca, pois os cães mamam por um período máximo de um mês e precisam ganhar peso e condições para manutenção sem cuidados maternos.

O leite artificial pode ser armazenado em geladeira (não em congelador) durante uma semana, devendo ser retiradas pequenas quantidades que devem ser aquecidas a 40oC antes de utilizadas.

Estimuladas as funções vitais do filhote (temperatura e alimentação), o tratador deve também estimular os reflexos de urina e de defecação. Para tanto, utiliza-se algodão embebido em água morna ou óleo de bebê para massagear delicadamente o ânus e genitais dos filhotes várias vezes ao dia, após a alimentação, como a cadela faz.

O médico veterinário deve ser sempre consultado ao longo de todo o processo de cuidados com filhotes órfãos, principalmente em situações em que o tratador observe qualquer alteração na saúde de seus filhotes.

V - DO DESMAME AOS DOIS MESES DE IDADE

A partir do desmame, algumas providências deverão ser tomadas pelo proprietário, as quais poderão prevenir algumas doenças infecciosas e parasitárias. Estas medidas devem ser tomadas sob orientação de um médico veterinário, que irá indicar o produto a ser usado (medicamentos e vacinas), bem como a sua administração.

Cabe também ao médico veterinário indicar a ração adequada aos filhotes, detectar qualquer problema que possa acometê-los (doenças), bem como prescrever um tratamento compatível.

As principais infecções passíveis de prevenção pela vacinação anual, pelo médico veterinário, estão anotadas no quadro a seguir.

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEN, W. E., Fertilidade e Obstetrícia no cão. Ed. Varela. São Paulo. 1995. 197 p.

CHRISTIANSEN, I. B. J., Reprodução do cão e do gato. Ed. Manole. São Paulo. Pág. 179-228. 1988.

EDNEY, A. T. B., Nutrição do cão e do gato. Um manual para estudantes, veterinários, criadores e proprietários. Ed. Manole. São Paulo. 1987.

HOSKINS, J. D.; Pediatria Veterinária. Cães e gatos do nascimento aos seis meses. Ed. Interlagos - Rio de Janeiro. 1997 pág. 601.

ODENDAAL, J., Cães e gatos. Um guia de saúde. Ed., Varella. São Paulo. 1993. 165 p.


Observação: no site www.editora.ufla.br, não consta, nesta data (17/06/2009), nenhuma proibição ou restrição quanto à transcrição total ou parcial dos textos que o compõem.

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

COMO LIDAR COM A GRAVIDEZ PSICOLOGICA

Gravidez Psicológica


Revista Cães & Cia, n. 315, Agosto de 2005

A cadela começou a raspar cantinhos da casa, simulando cavar? Protege uma área ou objeto? Fica ansiosa e choraminga? Atitudes como essas, aliadas a uma eventual falta de apetite, podem indicar gravidez psicológica caso não tenha ocorrido acasalamento. Alexandre Rossi explica o que se pode fazer quando a gravidez é psicológica


A gravidez psicológica, ou pdeudociese, ocorre em mais de 50% das cadelas não castradas. Além das mudanças comportamentais, ela causa alterações físicas, como o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite, chegando a surpreender muitos proprietários. Como isso foi acontecer se a fêmea nem esteve com um macho?


Como surge?


Do ponto de vista fisiológico, a gravidez psicológica é um engano do organismo. É gerada por alterações hormonais, capazes por si só de influenciar o comportamento e o desenvolvimento de tecidos mamários. Portanto, para que a “gravidez” ocorra, não é preciso haver filhotes no útero.


A confusão parece acontecer quando diminui bruscamente o hormônio progesterona, presente durante o cio e por mais dois meses. Quando a cadela está para dar a luz, cai o nível de progesterona, o que estimula a produção do hormônio prolactina. A prolactina, por sua vez, age no tecido mamário, podendo ativar a produção de leite e também causar o comportamento maternal. É comum as cadelas desenvolverem gravidez psicológica após a castração, se realizada até três meses depois do início do cio. Com a retirada dos ovários, que produzem a progesterona, há a interrupção da produção desse hormônio e a liberação da prolactina pela hipófise, localizada no cérebro.


Por que é comum?


À primeira vista, fica difícil imaginar como a gravidez psicológica se tornou comum na espécie canina. Mas, se pensarmos numa alcatéia (grupo de lobos), a coisa fica mais fácil. Nela, só os indivíduos dominantes costumam se reproduzir. E eles, tanto os machos como as fêmeas, são também os melhores e mais corajosos caçadores.


As lobas não dominantes que desenvolviam gravidez psicológica podiam cuidar, com perfeição, dos filhotes das fêmeas dominantes, já que apresentavam os comportamentos necessários para tal, e até amamentavam. Graças a essa ajuda, as fêmeas dominantes podiam caçar e conseguir alimento para o grupo. Com isso, as fêmeas que cuidavam dos filhotes se aproximavam afetivamente da líder e desenvolviam um bom relacionamento com a próxima geração. E ser influente numa alcatéia é importante para a sobrevivência e para a escalada hierárquica.


O que fazer?


Quando ocorre a gravidez psicológica, há quem deseje interrompê-la para a cadela voltar logo ao normal. Medicamentos que inibem a prolactina fazem cessar rapidamente a produção do leite e o comportamento maternal.


Sem medicação, a gravidez psicológica costuma terminar em duas semanas. Alguns proprietários preferem aproveitar essa fase para admirar o comportamento materno das suas cadelas. Apreciam vê-las adotar e proteger os filhotes imaginários, na forma de bichos de pelúcia, de bolinhas e até de controle remoto de TV! Uma das atitudes destinadas à proteção dos filhotes é cavar – serve para lhes preparar uma toca.


Devemos retirar os filhotes imaginários?


Algumas pessoas, para impedir que a cadela adote objetos, têm atitudes como tirá-la do cantinho que escolheu e esconder seus brinquedos. Tais procedimentos podem aumentar a ansiedade da cadela e estimular comportamentos compulsivos. Deixá-la a vontade é a maneira mais respeitosa de lidar com a situação.


Evitar agressividade


A cadela pode ficar com ciúme dos filhotes imaginários e se tornar agressiva para protegê-los. Mostre que você não irá roubá-los. Para isso, ao se aproximar dela, ofereça um petisco ou brinquedo. A maioria das fêmeas deseja a aproximação de alguém que, além de não ser ameaça, traga coisas gostosa.


Complicações com as mamas


O aumento das mamas é normal durantes a gravidez psicológica e o leite produzido acaba sendo reabsorvido pelo corpo da fêmea. Mas às vezes ocorre a mastife – inflamação nas glândulas mamárias. Por isso, se surgirem carocinhos, dores ou pele avermelhada, não deixe de consultar um médico-veterinário. A produção de leite pode aumentar ou durar mais tempo se as mamas forem estimuladas. É melhor, portanto, evitar manuseá-las. E se a cadela praticar auto-sucção das mamas, pode ser recomendado impedi-la com um colar elisabetano (posto em volta do pescoço torna impossível o contato da boca com o próprio corpo).

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CUIDADOS COM A CADELA NO CIO

Cuidados com a cadela no cio

Descubra quando ocorre o cio, quanto tempo dura e o que fazer durante este período para manter sua cadela saudável

Quando escolhemos o sexo do nosso pet, temos que sempre colocar muitas coisas na balança, pois ambos os sexos exigem alguns cuidados. As fêmeas, por exemplo, passam pelo cio, que nada mais é do que o momento em que a cadela estará pronta para o acasalamento.
O cio, normalmente, inicia-se na vida de uma cadela a partir dos 6 meses de idade, podendo vir a primeira vez até os 2 anos de idade. Isso varia de acordo com o porte do animal, por exemplo: quanto menor é o porte, antes começará o cio. Para os cães de porte pequeno, é entre os 6 e 10 meses de idade, e nos animais de maior porte, por volta de 1 ano de idade.
Esse período em que a cadela aceita o macho para o acasalamento acontece duas vezes no ano, de 6 em 6 meses, durando entre 6 e 30 dias.

Como identificar o cio?

Você poderá perceber que a sua cadela entrou no cio quando perceber alguns sintomas, como aumento na frequência da urina, vulva edemaciada, sangramento e um comportamento mais carinhoso por parte da cadela.

Cuidados

Em primeiro lugar, esse alerta vai, principalmente, para os tutores que têm o costume de deixar os cães saírem para a rua para dar uma “voltinha”. Esse hábito, além de ser perigoso para o cão – risco de perder-se ou atropelamento, por exemplo – pode, no caso da fêmea, acabar trazendo uma gestação indesejada.
Mantendo-a em casa, você ainda vai prevenir a transmissão de parasitas, contágio de DST, e controlar a superlotação de cães de rua, trazendo benefícios para todos. Se você deixá-la no jardim da frente, isso atrairá os cães machos da rua para o seu portão, pois ela solta um aroma característico atrativo para os machos.

Anticoncepcional x castração

Muita gente procura como alternativa para a castração os anticoncepcionais caninos. Estes, no entanto, não são nem um pouco recomendados, pois pode trazer muitos problemas de saúde sérios que podem, inclusive, causar a morte da cadela.
O ideal é castrar o animal, pois assim você irá prevenir todos os problemas da gestação, e a pseudociese, que é quando a fêmea apresenta gravidez psicológica. É importante fazer acompanhamento médico para que não seja feita nenhuma medicação sem orientação.
As cadelas que são castradas antes do primeiro cio têm tendência a viver uma vida mais longa e com menos riscos de saúde e doenças uterinas, ou ainda câncer de mama. Se você não pretende cruzar sua cadela, essa é a melhor opção.
Fonte de pesquisa :http://clubeparacachorros.com.br/adultos/cuidados-com-a-cadela-no-cio/


quarta-feira, 7 de abril de 2010

DOENÇAS COMUNS EM CÃES

6 PROBLEMAS DE PELE COMUNS NOS ANIMAIS
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Os problemas de pele são extremamente incomodativos para os animais. As alterações na pele e pêlo podem ter uma grande variedade de causas, mas os sintomas são bastante semelhantes.


Não é difícil perceber que um animal está com problemas de pele: vermelhidão e prurido, comichão, são geralmente os sintomas mais perceptíveis. Contudo, identificar a doença não é tão imediato como descobrir os sintomas. Alguns problemas de pele são difíceis de diagnosticar e a grande maioria requer um tratamento que se prolonga por bastante tempo. Paciência é o que se requer quando se trata de doenças tão incomodativas.


As principais doenças de pele que se manifestam nos animais de estimação, tipicamente, cão e gato, são:
1 - Parasitas externos As pulgas são a principal causa de problemas de pele. Estes animais sugam o sangue deixando para trás pequenas marcas, ou borbulhas. Alguns animais fazem alergia às picadas de pulgas o que desencadeia uma reação mais marcada.


Carraças e ácaros são outros parasitas externos aos quais convém estar atentos. Os parasitas externos quebram a barreira protetora da pele e podem por isso causar infecções bacteriológicas. A prevenção é a melhor forma de lidar com estes invasores indesejados. Consulte o veterinário para saber qual o produto e dose indicada de desparasitante a aplicar no animal.


A sarna é também causada por ácaros. Existem dois tipos de sarna, a demodécica e a escabiose, causadas por dois ácaros distintos. Esta última pode ser transmitida entre cães, gatos e humanos.
2 - Alergias


As alergias manifestam-se nos animais de forma muito semelhante ao modo como se manifestam nos humanos. Zonas vermelhas, comichão ou prurido e perda de pêlo são os principais sintomas. A alergia à picada de pulga é a mais comum nos animais, mas existem outros produtos conta á alergia capazes de alterarem o estado da pele.


Ácaros, bolor e pólen compõem os mais comuns inaláveis responsáveis pelas alergias atópicas. Menos comuns são as alergias alimentares que os animais desenvolvem em relação, sobretudo a alimentos proteícos, tais como a carne, o ovo e a soja. Existem ainda alergias mais raras das quais por vezes é difícil descobrir a origem. As alergias por contacto são um exemplo disso, há animais que têm alergia quando tocam em determinados materiais, tais como a lã.


Descobrir o que desencadeia a alergia no animal é muito importante para conseguir combater as reações do sistima imunitário, já que o segredo para acabar com as alergias é diminuir a exposição do animal ao alérgeno. Assim, acabar com pulgas, manter a casa livre de ácaros ou alterar a dieta do animal é o caminho a seguir conforme o tipo de alergia. Nos casos mais complicados, como por exemplo, com os alérgenos inaláveis, os animais podem necessitar de medicamentos, tais como anti-histamínicos, ou banhos com produtos especiais.
3 - Infecções bacterianas/ Pio dermites


Geralmente surgem quando o cão tem outro problema de pele, por exemplo, uma pulga ao furar a pele pode injetar bactérias na corrente sanguínea. Mas de entre os problemas de pele, a alergia é talvez a que mais causa infecções bacterianas. Assim, é importante tratar a pio dermite, mas também descobrir o que a originou, para evitar que possa reaparecer.
4 - Micose


As micoses são infecções causadas por fungos. São transmitidas entre animais e podem também ser passadas ao homem. O diagnóstico é feito através da cultura de uma amostra de pele e da análise ao microscópio. O tratamento é geralmente feito com base em antifúngicos e banhos com produtos especiais.
5 - Alterações hormonais


Os problemas de pele podem ser causados por alterações hormonais desencadeadas por outras doenças, tais como o hipotiroidismo ou a diabetes. Visto tratar-se de uma doença secundária, a solução passa pelo tratamento da doença principal.
6 - Doenças auto-imunes e imunomediadas


Existem várias doenças auto-imunes e imunomediadas que causam alterações na pele e pêlo dos animais. Estas condições são raras, mas já há muita literatura sobre as mesmas. Entre estas doenças, as que mais se encontram em cães e gatos são o pênfigo e o lúpus.




Os problemas de pele necessitam de ser diagnosticados por um veterinário. Não hesite em levar o seu animal a um médico para ser observado se encontrar

sábado, 20 de março de 2010

Matéria colhida no blog http://caolabrador.blogspot.com/2006/12/que-rao-escolher.html

Todos os donos responsáveis se deparam com o mesmo problema quando se dirigem pela primeira vez a uma loja de animais e se vêem confrontados com dezenas de rações diferentes: “e agora, qual será a melhor para o meu cão?”
Na verdade, a resposta a esta pergunta não é imediata, mas há algumas pistas que se poderão seguir de modo a escolher o melhor possível.
Exclui-se qualquer tipo de comida gelatinosa já que esta contém substâncias açucaradas para prevenir o aparecimento de fungos, para além de conservantes altamente cancerígenos. Para piorar o cenário, este tipo de alimento é viciante. Ou seja, um cão depois de o comer irá recusar a ração. Não é garantido que a melhor ração para um determinado cão o seja para um outro, já que cada caso é um caso, mas há certas linhas gerais que poderão ser seguidas de modo a que haja um encaminhamento no melhor sentido.
O primeiro ponto a salientar é que se deve dar sempre primazia aos ingredientes em detrimento da composição, já que ingredientes de boa qualidade darão obrigatoriamente uma boa análise química. O rótulo deve ser claro e sem ambiguidades. Isto é, se aparecer uma denominação como “produto de ovo” nunca saberemos se se está a falar de ovos frescos ou ovos podres. O mais provável é tratar-se desta última situação.


1 As fontes de proteína animal


Este deve ser sempre o ingrediente a figurar em primeiro lugar no rótulo de uma boa ração. Significa que é o ingrediente presente em maior quantidade. Pode aparecer carne de vaca, borrego ou mais frequentemente de galinha. O borrego torna-se mais recomendável quando o cão a alimentar é propício a desenvolver alergias.


Neste aspecto há que ter atenção se a percentagem apresentada se refere à carne desidratada ou não, caso em que cerca de 60% desse peso será água. Isto significa que este ingrediente em vez de primeiro passa para terceiro ou quarto.


Uma outra coisa a ter em conta é se os ingredientes seguintes não são todos derivados do mesmo. Por exemplo, gérmen de trigo, farinha de trigo,…. O trigo passa assim a 1º ingrediente.


2 O arroz


Idealmente, este deveria ser o único cereal encontrado numa ração, já que é o único que o aparelho digestivo canino consegue digerir. De qualquer modo, uma ração que tenha como primeiro ingrediente uma proteína animal e como segundo o arroz, será uma boa candidata a uma ração de qualidade.


3 O milho


O milho, embora inferior ao arroz, é o cereal menos mau entre todos os outros. Consegue ser digerido uma vez que sofre um pré-processamento de modo a tornar os seus nutrientes acessíveis. É utilizado geralmente por se tratar de uma fonte de proteínas barata e por essa razão, uma boa ração terá que complementar a sua utilização com outras fontes proteicas de valor nutritivo superior, uma vez que o milho não contém todos os aminoácidos necessários.


No caso de cães com problemas comportamentais de agressividade, as rações baseadas em milho devem ser de todo evitadas.

4 Ingredientes a evitar


Estes incluem todos os ingredientes que a partir do momento que se encontrem num rótulo, essa ração deve ser liminarmente rejeitada.


O pior e mais assustador de todos são os sub-produtos animais, pois pode conter em si animais eutanasiados ou apanhados nas estradas mortos, para já não falar de penas ou bicos, sem qualquer valor nutritivo.


Relativamente aos cereais devem ser excluídos todos os que não foram referidos anteriormente, tais como o trigo ou a soja, sendo esta última de todo indesejável.


Devem evitar-se ainda os aditivos, que não servem para mais do que atrair os donos menos prevenidos. Os corantes são o caso mais gritante de algo que só é prejudicial mas que está presente para que o dono ache que está a dar cenoura e verdura porque a ração tem croquetes laranja e verdes. Qualquer aditivo será muito específico para cada cão e por isso deve ser adicionados em casa, já que o que é benéfico para uns, noutros poderá inclusive provocar alergias. São exemplo de aditivos a glucasamina, a iúca, probióticos ou óleos.


Em jeito de conclusão, é necessário não olvidar que numa ração, seja ela qual for, nunca haverá certezas quanto aos ingredientes presentes e a qualidade dos mesmos, mas sendo que a preparação de refeições caseiras exige grandes conhecimentos sobre nutrição canina, para além de uma grande disponibilidade de tempo, a ração torna-se na solução mais fácil e prática. Resta escolher o melhor possível entre as que oferecem maior confiança, e para isso é necessário ler os rótulos com espírito crítico. Uma coisa é certa: uma ração barata não será em nenhum caso uma ração de qualidade.

Cuidados com os cães no invernos

Dicas e cuidados com os cães no inverno

Muitas pessoas pensam que os cachorros não sentem frio, muito pelo contrário, quando a temperatura cai, os cachorros também sentem as consequências. No inverno, os cães podem adquirir doenças como tosse dos canis. Os sintomas são parecidos com os do nosso resfriado: febre, espirros, coriza e tosse. E para que ele não sofra tanto com as mudanças bruscas no clima ai vão algumas dicas:
É fundamental verificar se o seu cão tomou a vacina contra gripe canina, ela é dada uma vez por ano. Deixe a tosa para mais tarde, pois os pêlos são uma proteção natural contra o frio. Então espere o tempo esquentar para tosar o bichinho. Se houver muita necessidade, opte por roupinhas para deixa-los mais aquecidos, principalmente para passear na rua. Nada de multidão, evite ambientes com muitos cães, como hotéis para cachorros, em caso de proximidade, eles podem adquirir doenças. Passeio programado, o ideal é sair com seu cão quando estiver sol, mas como no inverno também há dias em que o sol está bem quente, muita atenção com os passeios feitos a partir do meio-dia, o sol muito forte pode queimar as patinhas deles.


Conforto garantido, não é preciso colocar o cão para dormir na cama com você, mas ele merece um cantinho gostoso, pois se ele dorme em piso frio, forre o lugar com tecido e cubra-o com uma manta. Banho sob medida, diminua a frequência de banhos, em vez de semanal, pode ser quinzenal, e muita atenção aos cuidados pós-banho, é preciso certificar-se de que o lugar escolhido tenha água quente e seja fechado, outra dica é não sair logo em seguida, pois isso evitará um choque térmico. Uma boquinha a mais, se o seu cão não para um segundo, você pode aumentar a porção de ração em 20% nesta época, pois o consumo de alimento aumenta o nível energético, mas o ideal é manter a alimentação saudável, com frutas e legumes, já para os cães obesos, nada de aumentar a comida.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A importancia das vacinas para os cães

Assim que você comprar ou ganhar um cachorrinho, convém levá-lo ao Médico Veterinario para uma avaliação geral. Enquanto seu animalzinho não estiver com as vacinas em dia tome cuidado para que ele entre em contato apenas com cães saudáveis e, quando levá-lo na clínica veterinária mantenha-o no colo e distante dos outros cães.


Quadro de vacinação em Cães



60 dias de idade Vacina Octupla - 1ª dose



90 dias de idade Vacina Octupla - 2ª dose

120 dias de idade Vacina Octupla - 3ª dose

1 semana após a aplicação da 3ª dose da Octupla Vacina Anti-Rábica




OBS: O reforço das vacinas octopla e Anti-rábica deve ser anual.


Veja a seguir as doeças, que são evitadas com a vacinação, e os seus sintomas. Ao menor sinal leve o seu cão a um Médico veterinário, somente ele é capaz de avaliar, diagnosticar e tratar uma doença.
CINOMOSE: Enfermidade infectocontagiosa aguda, sub-aguda ou crônica; febril, particular da família canina entre os animais domésticos. Somente o cão. Sua transmissão se dá por vias respiratórias e digestivas. Na fase aguda o vírus é eliminado intensamente e em abundância pela secreção ocular, urina e fezes.
Manifestação:
1º. fase - digestiva: em que o animal apresenta vômitos, diarréia, mucosa sanguinolenta, anorexia, temperatura acima de 40ºC.


2º. fase - respiratória: Broncopneumonia intensa, secreções mucosas e senomucosas, que depois passam para purulentas, geralmente por infecções secundárias.


3º. fase - nervosa: Nesta fase aparecem alterações mioclonais ( tic nervoso ), podendo encontrar as três fases ou apenas uma delas. A mais perigosa é a nervosa. Toda vez que suspeitar de cinomose ou leptospirose, a temperatura deverá estar acima de 40 ºC.


HEPATITE:

 Enfermidade infectocontagiosa aguda, causada por vírus resistente ao éter, álcool, clorofórmio e sensível ao formol e calor. Período de encubação: 4 a 9 dias.


Manifestação:
Animais jovens: morte súbita sem nenhum sinal clínico.
Primeiro sinal: hipertemia passageira de 24 a 48 horas, temperatura de 40º a 40,5º, caindo logo após; apresenta sede intensa, anorexia, congestão das amígdalas, congestão das mucosas e da faringe, congestão conjuntival (pálpebras vermelhas), congestão da conjutiva nasal e bucal, fotofobia, hemorragias bucais, esquimoses na pele ( pinta ou pontos vermelhos). Principalmente na frente (abdômen) e faces internas da coxa e mucosa peniana, dispinéia (dificuldade respiratória) por edema pulmonar (pulmão cheio de líquidos), animais adotam posição de sentar, para aliviar a pressão.


LEPTOSPIROSE:

 Doença infecciosa grave que atinge os homens e os animais, sendo causada por uma bactéria a Leptospira sp presente na urina dos ratos e camundongos. A contaminação se da quando o animal, ou o indivíduo entra em contato com água ou lama que contenha a Leptospira. Esta penetra no organismo através de ferimentos na pele ou mesmo na pele integra quando num contato mais prolongado e também pelas mucosas (boca - nariz - olhos - órgãos genitais ).


Manifestação:
Vômitos e diarréia as vezes com sangue, urina com sangue, icterícia.


PARAINFLUENZA:

 Tosse persistente, e as vezes associado a pneumonia. Esta doença é chamada tosse de canis.


PARVOVIROSE:

 Doença de cães seria e altamente contagiosa, e a infecção se dá pelo Parvovirus Canino que tem um curto período de incubação.
Manifestação:
Os sintomas mais comuns são de morte súbita quando tivermos o modo cardíaco, com depressão e disfunções respiratórias. Vômitos, diarréias e desidratações são os sintomas do modo gastroentestinal que tem como sinal principal fezes sanguinolentas.


CORONAVIROSE:

 Doença viral, com um quadro semelhante à Parvovirose.
RAIVA:

 Doença infecto contagiosa aguda e fatal, caracterizada por sinais nervosos, apresentados por agressividade e por semi-paralisia ou paralisia. Tempo de encubação: pode aparecer de 10 a 90 dias.


INFORMAÇÕES:

Fonte de pesquisa:
 
Dr. André de Almeida Prazeres Gonçalves - São Paulo - CRMV-SP 10.821

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O QUE PODE TORNAR SEU CÃO AGRESSIVO

O que pode Tornar o seu cão agressivo ?

Revista Cães & Cia, n. 337, junho de 2007


O seu cão, por mais bem tratado que seja, pode ficar agressivo. Conheça as possíveis causas disso e controle melhor uma situação.
Muitas pessoas, tem idéia errada sobre a agressividade canina. Acreditam que determinadas raças nunca se Tornam agressivas. Ou que o cão tratado só com amor e carinho jamais morderá ou será agressivo. Neste artigo explico como surge um comportamento agressivo, de Quais tipos pode ser e por que se desenvolve. No próximo, veremos as maneiras mais Eficientes de Controlar esses comportamentos e evitá-los.
Raça e linhagem
Quando me pedem um comentário sobre ataques de cães, a primeira pergunta que ouço é sempre se a culpa é da raça ou da maneira como o cão foi criado. Na verdade, uma não resposta é simples – um ataque pode ser por vários fatores determinado. Para começar, não há raça canina sem indivíduos agressivos. Muitas pessoas se surpreendem quando se deparam com um Golden Retriever ou um Labrador agressivo. No imaginário delas, essas Possibilidades não existem! Mas elas existem. E não são assim tão raras, como bem sabe quem trabalha com comportamento canino. Isso não quer dizer que uma raça não seja, em média, mais agressiva ou dócil que outra. Por exemplo, Rottweilers são mais agressivos que Beagles, em média, mas há muitos Rottweilers mais Dóceis do que muitos Beagles. Outro fato são as diferentes linhagens de uma mesma raça, cujos exemplares pueden ser mais mansos ou mais agressivos do que uma média. Por isso, às vezes, ao querer Prever o comportamento futuro do filhote, é mais importante conhecer o comportamento típico da sua linhagem do que da sua raça.


Influência da Criação

O modo como lidamos com o cão influencia muito o comportamento dele. A boa educação pode Controlar uma tendencia a uma maior agressividade ea má educação pode Tornar perigoso um cão pouco agressivo. Mas é muito mais fácil e garantido educar para ser manso e tem um cão dócil confiável que ser uma tendência.


Amor e carinho não bastam
Quando atendo consultas de comportamento, muitas vezes ouço gente desabafar que sempre fez tudo que o cão queria, sem nunca lhe faltar amor nem carinho, e que não entende por que agora ele ataca as pessoas da casa. Mas, para Controlar uma agressividade dos nossos cães e Evitar acidentes, túmulos muitas vezes, devemos estar cientes de que uma educação correta Envolvem muito mais do que amor e carinho.
De onde vem um Agressividade ?
A maioria das espécies, a agressividade é fundamental. Fazem Território, por meio dela, fazer uma defesa, de seus parceiros sexuais, dos filhotes, da comida e até da POSIÇÃO hierárquica. Na Maioria dos bichos Grande, o comportamento agressivo é Inato, pelo menos em parte, e pode aflorar somente em algumas situações ou fases da vida. É o caso dos cães machos que, na puberdade, começam um brigar com outros cães machos. E dos filhotes que se Tornam agressivos ao disputarem uma teta da mãe ou ao tentarem Garantir que o sono não seja perturbado pelos irmãozinhos.


Vários tipos de agressividade
Podemos dividir o comportamento agressivo em classes, para melhor entendê-lo e controlá-lo. Independentemente dos Critérios adotados, mais complexos ou mais simples, em geral as classificações se assemelham.
Agressividade territorial

Normalmente, um cão fica mais agressivo dele Território não, para defende-lo. Muitos cães aceitam um outro cão quando estão em espaço neutro, mas passam um ataca-lo se ele entrar no Território deles ou ameaçar entrar. Agressividade possessiva Manifesta-se quando alguém se aproxima de um objeto, de um animal ou de uma pessoa de quem o cão tem “ciúmes”. Ocorre, por exemplo, quando ele está com algo que considera valioso, como um osso com pedaços de carne. Acontece também quando uma visita abraça ou cumprimenta o dono do cão.


Agressividade por medo ou dor
Às vezes, para se defender, o cão acuado pode atacar o agressor. Ou, ameaça-lo rosnando e mostrando os dentes, para Evitar que chegue perto demais. Um cão com dor, por medo de que um outro bicho ou uma pessoa se aproveite dessa vulnerabilidade, um agressivo tende ser. Esse é o principal motivo que leva cães atropelados a atacar uma pessoa que tenta socorre-los.


Agressividade por dominância
Serve para mostrar quem manda. Costuma acontecer quando é questionada ou contrariada uma dominância de um cão que se considera líder do grupo.


Fonte: www.caocidadao.com.br